A esperança brasileira de dominar o pódio no torneio de judô dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro foi confirmada. A equipe brasileira garantiu 13 medalhas e obteve o melhor desempenho na competição desde Indianápolis/87. Neste domingo, último dia da modalidade, quatro atletas garantiram um lugar na cerimônia de premiação.

O destaque da última participação do judô nos Jogos Pan-Americanos foi o gaúcho João Derly, na categoria meio-leve, que faturou a medalha de ouro. Representante nacional no ligeiro, Alexandre Lee ficou com o bronze. As meninas brasileiras também mostraram a força do esporte: Érika Miranda e Daniela Polzin levaram a prata.

Diante da principal adversária Cuba na modalidade, o Brasil despachou o rival em diversas finais. A rivalidade entre ambos os países, no entanto, ganhou destaque negativo. Ao final da luta entre Érika Miranda e a cubana Sheila Espinosa, o público se exaltou e a delegação caribenha ficou irritada com as provocações. Somente com a presença da Guarda Nacional a confusão foi controlada.

Para controlar os ânimos, somente a lembrança de outras conquistas brasileiras nas categorias leve e meio-médio. No sábado, Danielle Zangrando faturou o ouro, assim como a veterana Edinanci Silva. O país também somou duas pratas, desta vez com a estreante Danielli Yuri, de apenas 15 anos, e com Leandro Guilheiro. Luciano Corrêa, após vencer duas vezes na repescagem, levou o bronze para casa. O meio-médio Flávio Canto abandonou a disputa pelo bronze em função de uma fratura no cotovelo direito, no enfrentamento com o norte-americano Travis Stevens na semifinal.

O domínio brasileiro no judô começou na sexta, com grande participação dos atletas da categoria pesado e pesado absoluto. Tiago Camilo, um dos destaques da seleção nacional, foi o único que ouviu o Hino Nacional no lugar mais alto do pódio. Mayra Aguiar e João Gabriel Schlitter somaram duas pratas. Priscila Marques, bastante emocionada ao final da cerimônia, conquistou o bronze.