A seleção brasileira masculina de vôlei entra em quadra às 22h desta terça com dois compromissos: bater Cuba e superar a pressão da velha rivalidade do continente. Ao contrário da equipe feminina, os meninos do Brasil levam vantagem nos confrontos. Desde 1959,  quando se enfrentaram pela primeira vez, brasileiros e cubanos estiveram frente a frente por 96 vezes. E a torcida verde-amarela  comemorou mais do que a caribenha. Foram 54 vitórias brasileiras contra 42 cubanas, sendo que a equipe nacional venceu 204 sets e perdeu 174.

A última vez que os times se enfrentaram foi no ano passado no Campeonato Mundial, no Japão. A vitória, de virada, foi brasileira por 3 sets a 1 (21/25, 25/19, 25/15 e 25/22). Na era Bernardinho, a superioridade nacional é ainda maior. Desde 2001, foram 10 confrontos, oito vitórias brasileiras e apenas duas derrotas. As duas vitórias cubanas aconteceram em 2001.

Se ao longo da história o Brasil está na frente, quando o assunto é Pan-Americano, os números são outros. Até o momento, foram 14 duelos com cinco vitórias brasileiras e nove derrotas. O Brasil luta pelo tricampeonato (63 e 83). Já a equipe de Cuba ganhou cinco vezes a competição (71, 75, 79, 91 e 99). Brasileiros e cubanos fizeram cinco finais pan-americanas e os brasileiros venceram somente em 83, em Caracas, na Venezuela.

Seleção feminina não consegue se livrar do fantasma cubano

A prata no Rio-2007 teve um gosto amargo para a seleção feminina. Outra vez foi Cuba, assim como nas Olimpíadas de Atlanta, Sidney e Atenas, que se intrometeu no caminho das brasileiras. A derrota por 3 sets a 2 da última quinta (27/25, 22/25, 25/22, 32/34 e 15/17) só confirmou o histórico de confronto entre as duas seleções.

A rivalidade aumentou a partir da Olimpíada de Atlanta/1996, quando cubanas e brasileiras brigaram. Ana Moser e Regla Torres se estranharam na rede. Em 117 partidas, o Brasil perdeu 73 vezes e venceu 44. Em Pan, foram apenas dois triunfos - ambos em Winnipeg-1999 - em 13 confrontos.

Campeã olímpica em 1992, 1996 e 2000 e eleita a melhor jogadora do século XX pela Federação Internacional de Vôlei, Regla Torres revelou de forma simples, em entrevista ao Sportv, quais seriam os "segredos" de tantas conquistas desse esporte no país:

– Essa é uma característica de todos os cubanos, nunca nos damos por vencidos até que se termine o jogo. Sempre lutamos até o final, sempre respeitando o adversário, porque sempre dizemos que não há time grande ou pequeno, e sim time que tem que ser respeitado – destacou.