| 19/11/2002 22h04min
O Congresso Nacional será o cenário da primeira articulação dos governadores eleitos pelo PMDB na Região Sul.
Ontem, Germano Rigotto acertou com o paranaense Roberto Requião o início de um movimento para garantir o ingresso de recursos em 2003 por meio da Lei Kandir e da regulamentação da Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide).
Segundo Rigotto, a idéia é tentar aprovar %26quot;imediatamente%26quot; uma Lei Complementar que prorrogue a possibilidade de ressarcimento aos Estados exportadores por meio da Lei Kandir. O prazo de enquadramento no benefício se encerra no dia 31 de dezembro.
Outro foco de atuação acertado com Requião é a Comissão de Orçamento, onde os novos governadores trabalhariam para garantir recursos aos ressarcimentos da Lei Kandir e para garantia de aplicação da receita da Cide em obras nas rodovias.
- Não podemos demorar. As medidas atingem o Rio Grande do Sul e o Paraná, que são exportadores. Temos a
obrigação de trabalhar para que tenhamos
recursos na proposta orçamentária, garantindo o ressarcimento aos Estados - justificou Rigotto.
O futuro governador gaúcho foi ao Aeroporto Salgado Filho receber Requião, que desembarcou em Porto Alegre às 8h30min, vindo de Buenos Aires, para uma manhã de reunião no Hotel Intercity. Além dos passos a serem dados na transição de governo nos dois Estados, conversaram sobre a eventual participação peemedebista no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
- Se Lula convidasse o PMDB oficialmente, talvez prestasse um desserviço ao PMDB - disse Requião.
Governadores concordam
em apoiar reformas de Lula
Os dois governadores concordam com o apoio às reformas comandadas por Lula, sobretudo a tributária, sem condicioná-lo a cargos. Em conjunto, vão propor que a posição oficial do partido sobre o tema seja discutida em uma convenção nacional. Acertaram também a realização de um encontro dos diretórios da Região Sul,
sem data definida.
Ao comentar a postura do PMDB nos
últimos anos, Requião acabou atingindo indiretamente o anfitrião. Primeiro, definiu o resultado da eleição no Paraná e no Rio Grande do Sul como um triunfo do %26quot;velho MDB de guerra%26quot;. Logo em seguida, criticou o comportamento que o partido manteve diante do governo de Fernando Henrique Cardoso, de quem Rigotto foi líder na Câmara dos Deputados:
- Hoje o PMDB é um partido desideologizado e despolitizado.
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