Otimista, o mercado financeiro operou durante toda esta quarta, dia 20, sob a influência positiva que os elogios dos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) às propostas da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva desencadearam. Somado à confirmação da expectativa dos investidores sobre o aumento da taxa básica de juros da economia – que passou dos 21% para os 22% ao ano –, o clima ameno entre os investidores lançou a cotação do dólar ladeira abaixo. Pela terceira vez consecutiva, a moeda norte-americana recuou, encerrando o dia mais barata em 1,12% ante o fechamento dessa terça. A divisa vale, agora, R$ 3,510 na compra e R$ 3,515 na venda.

Logo pela manhã, o dólar rompeu a barreira dos R$ 3,50: em baixa de 1,76%, abriu as operações desta quarta trocada por R$ 3,497 . O fluxo de saída da moeda, de acordo com os operadores, foi significativo, já que várias empresas com dívidas para honrar no exterior se voltaram à compra da divisa.
 
O único momento tenso observado foi a entrevista do presidente do PT, José Dirceu, que contrariou os rumores que circulavam entre as mesas de operação ao rejeitar a idéia de manutenção de Armínio Fraga na presidência do Banco Central. A permanência do atual presidente da instituição agradaria sobretudo aos investidores estrangeiros, junto aos quais Fraga tem bom trânsito. O efeito, no entanto, foi efêmero, e o otimismo continuou dando o tom dos negócios.
 
A moeda norte-america registra, hoje, desvalorização de 3,16% em novembro, índice ainda distante do saldo positivo de 51,77% obtidos com o desempenho anual da divisa. No mês, o real alcança valorização de 3,27%, mas permanece amargando forte desvalorização de 34,11% em 2002.

Com informações da Globo News.