Sete ex-integrantes do bloco comunista do Leste Europeu foram convidados nesta quinta, dia 21, a ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e se unir à aliança comandada pelos Estados Unidos, que se vale hoje da maior expansão da história, entrando em áreas antes controladas pela extinta União Soviética. O secretário-geral da entidade, George Robertson, deu início a uma cúpula de dois dias em Praga, Capital da República Tcheca, onde a aliança abre as portas para a Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia.

– Ao recebermos esses sete membros não teremos apenas somado recursos militares aos nossos, mas teremos também renovado o espírito desta grande e democrática aliança – comentou o presidente dos EUA, George W. Bush.

Os novos membros ingressam efetivamente na Otan em 2004, unindo-se à Polônia, República Tcheca e Hungria, que em 1999 tornaram-se os primeiros ex-integrantes do Pacto de Varsóvia, a aliança encabeçada pelos soviéticos, a entrarem na organização ocidental. Segundo Robertson, a Otan, que terá 26 membros e chegará à fronteira com a Rússia, hoje em dia não mais um adversário, manteria suas portas abertas para novos candidatos da região dos Bálcãs.

Os líderes da aliança devem aproveitar a cúpula, ainda, para aprovar a criação de uma força de ataque adequada ao enfrentamento das novas ameaças à segurança do mundo pós-11 de setembro. Os países-membros devem comprometer-se com uma modernização de suas Forças Armadas a fim de reafirmar a importância global da Otan, marginalizada pelos EUA na "guerra contra o terrorismo''.

De todo modo, a cúpula deve se ver dominada pelo pedido de Bush por apoio da aliança à ameaça de atacar o Iraque caso o país árabe não abra mão das supostas armas de destruição em massa do seu arsenal. A quase totalidade da Europa, que possui grande peso na Otan, mostrou-se reticente em apoiar automaticamente as ameaças feitas pelo presidente norte-americano.

As informações são da agência Reuters.