A partir de 1 de janeiro de 2003, o Palacinho voltará à função de local de trabalho do vice-governador do Estado. Antônio Hohlfeldt decidiu despachar no prédio número 300 da Avenida Cristóvão Colombo, no bairro Floresta, em Porto Alegre, e não mais na ala residencial do Palácio Piratini, como pretendia inicialmente.

Hohlfeldt e o governador eleito Germano Rigotto concluíram que o Palacinho oferece melhor estrutura para as tarefas do vice-governador. Construído em 1926 pelo comerciante Santo Meneghetti, o imóvel foi projetado por um dos mais destacados engenheiros da época, o italiano Armando Boni. ele também foi o responsável pelos projetos do primeiro auditório Araújo Vianna e do Cemitério São Miguel e Almas. Adquirido posteriormente pelo Estado, o local acabou virando residência oficial dos vice-governadores na década de 70.

Na administração de Antônio Britto (1995-1998), o vice, Vicente Bogo, chegou a morar e trabalhar no Palacinho por alguns meses, mas foi forçado a abandonar o prédio em razão das más condições de conservação, além do som estridente e do odor de fezes dos morcegos que infestavam o local. Bogo foi deslocado para o Centro Administrativo. Em outubro de 1996, o palacete foi tombado pelo governo do Estado, sendo transformado em patrimônio histórico do Estado. No ano seguinte passou por amplas reformas.

O governo de Olívio Dutra destinou as dependências do prédio para o Orçamento Participativo. O vice-governador Miguel Rossetto despacha em um dos setores da ala residencial do Piratini. Hohlfeldt se reuniu com Rossetto recentemente, oportunidade em que conheceu as salas onde trabalham o atual vice e sua equipe da Secretaria-Geral de Governo. Hohlfeldt chegou a pensar em trabalhar no local, mas acabou mudando de idéia depois de conversar com Rigotto.

DIONE KUHN