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O novo governo vai dar um choque de credibilidade, cumprir todos os contratos, manter a austeridade fiscal e empenhar-se por uma reforma trabalhista e sindical. A afirmação foi feita nesta sexta, dia 22, pelo senador eleito Aloizio Mercadante (PT-SP), a atração principal no encerramento da Cúpula Empresarial Latino-Americana, organizada pelo Fórum Econômico Mundial, no Rio.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, vai discutir a reforma trabalhista e sindical no dia 26 com dirigentes de todas as centrais. Um dos objetivos, disse Mercadante, é reduzir os encargos sobre a folha de pagamentos, para facilitar a contratação, diminuir a informalidade e tornar a produção do país mais competitiva.
Segundo ele, os encargos sobre a folha poderão ser substituídos por um imposto sobre o valor agregado. Outra possibilidade será custear a Previdência com um tributo de alíquota baixa semelhante à Contribuição sobre Operações Financeiras (CPMF). A idéia é valorizar os contratos coletivos, como na Europa, sem eliminar direitos, acrescentou.
– Pretendemos dar um choque de credibilidade. Em primeiro lugar em vocês, investidores – afirmou Mercadante.
O partido, afirmou, já governa 50 milhões de brasileiros e tem mostrado seu compromisso com a boa gestão das contas públicas. Ele lembrou que o governo enfrentará limitações, no começo, para implementar os projetos sociais, mas ressalvou que nenhum ponto será abandonado.
– O social será o elemento estruturante do econômico – afirmou Mercadante.
Ele pediu ao subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos, Kenneth Dam, sentado a seu lado, que seu governo interceda para a volta do financiamento internacional ao país. Depois do evento, Mercadante e Dam tiveram uma reunião reservada. O senador eleito, secretário internacional do PT, saiu do encontro otimista.
– Tenho certeza de que contaremos com o apoio do subsecretário Dam, cujo contato trouxe a melhor impressão de colaborar com o Brasil e a região na direção da estabilidade econômica – disse ele a repórteres.
Dam mostrou cautela:
– Estamos abertos a discussões e vamos falar isso em Washington.
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