A cerimônia de posse do governador do Estado, que normalmente ocorre à tarde, poderá ser antecipada para a manhã do dia 1º de janeiro. O governador eleito Germano Rigotto manifestou a intenção de assistir à posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República.

Esse também é o desejo do governador Olívio Dutra, do vice-governador Miguel Rossetto e de boa parte dos deputados. Como fracassaram as tentativas de fechar um acordo para transferir a data da posse do presidente para 6 de janeiro, a única possibilidade de Olívio transmitir o cargo ao sucessor e assistir à posse de Lula é antecipando a cerimônia no Rio Grande do Sul. Rigotto disse na sexta-feira que sua presença em Brasília depende do horário da posse de Lula.

Os detalhes da solenidade de posse de Rigotto ainda não foram acertados porque o cerimonial do Palácio Piratini aguarda definições de Brasília.

A equipe de Lula estuda a possibilidade de estender a festa até o dia 2 de janeiro, para facilitar a presença de autoridades estrangeiras e dos governadores que assumem os cargos no dia anterior.

O tema ainda não foi discutido na transição, mas deverá entrar em pauta na próxima semana, a partir da manifestação de Rigotto, feita na sexta-feira, depois da reunião com a bancada do PMDB.

A definição do horário não depende apenas dos dois governadores. Dificilmente a Assembléia Legislativa recusaria um pedido de Olívio e Rigotto para antecipar o horário da posse, mas é preciso que os deputados concordem em abrir mão do Réveillon em suas bases.

O roteiro da posse começa pela Assembléia, onde o governador eleito presta juramento à Contituição e faz o primeiro e mais importante discurso. Depois, no Palácio Piratini, recebe o cargo de Olívio. Encerrados os discursos, Rigotto e sua mulher, Cláudia, acompanham o casal Olívio e Judite Dutra até a porta do Palácio Piratini e retornam ao Salão Negrinho do Pastoreio, para os cumprimentos e o ato de posse dos secretários.