| 23/11/2002 17h50min
A participação dos aliados no governo de Germano Rigotto começa a ser desenhada nesta segunda-feira.
Um encontro entre o governador eleito e o presidente regional do PPB, Celso Bernardi, dará início à montagem do secretariado.
Dos partidos que aderiram à candidatura de Rigotto no segundo turno, foram convidados formalmente a integrar a administração estadual PPB, PDT, PTB e PPS. Dos quatro, o PPB é o que tem o maior número de prefeituras e a maior bancada de deputados na Assembléia e na Câmara.
O PPB exige três secretarias e reivindica o que chama de atuação horizontal no futuro governo, com pessoas do partido representadas em todas as áreas. Seria uma forma de criar um elo entre o governo e os mais de 170 prefeitos do PPB. Bernardi também vai propor um conselho político que discuta os rumos do governo periodicamente, a exemplo do que ocorreu na gestão de Antônio Britto (1995-1998).
A idéia inicial de Rigotto era receber dos partidos uma lista
com sugestões de nomes. O PPB
rejeitou a proposta. Prefere saber qual o tamanho da sua participação para depois indicar os nomes. Rigotto terá dificuldades para encaixar as pretensões de todos os aliados. Chegou a levar um susto quando soube que o PTB queria duas secretarias.
O PSDB, partido do futuro vice-governador Antônio Hohlfeldt, exige o cumprimento de um suposto acordo feito com o PMDB em junho - quando a candidatura de Rigotto ainda ocupava as últimas colocações nas pesquisas eleitorais. O combinado na ocasião, segundo os tucanos, seria a destinação de um terço dos cargos ao PSDB caso Rigotto viesse a se tornar governador. O próprio PSDB reconhece que não tem quadros suficientes para tanto.
No PDT a disputa por cargos está acirrada. É do interesse de Rigotto dar um perfil de centro-esquerda a sua administração. O próprio governador eleito disse pessoalmente aos pedetistas da sua intenção de dar ao PDT espaço condizente com a importância do trabalhismo no Rio Grande do Sul. Uma
possibilidade é entregar ao
partido a Secretaria do Trabalho e da Ação Social.
Governador quer nomes
com densidade eleitoral
Rigotto, que promete divulgar o secretariado na segunda quinzena de dezembro, espera contar com os melhores quadros de cada partido. Não aceitará nomes com pouca densidade eleitoral ou sem perfil para determinada área. É sua intenção convidar técnicos e líderes de segmentos importantes da sociedade. Nas secretarias da Saúde, da Educação e do Turismo, por exemplo, quer colocar pessoas com forte atuação nas áreas.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.