| 16/08/2007 08h27min
O aeroporto Salgado Filho será palco nesta sexta da primeira manifestação organizada pelo movimento Cansei em Porto Alegre, quando se completam 30 dias desde que aconteceu o acidente do vôo 3054 da TAM. O grupo é liderado pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e se diz "cansado" da corrupção e da impunidade no país.
A concentração para o evento começa ao meio-dia, na área externa do aeroporto. Antes do minuto de silêncio, programado para as 13h, manifestantes devem fazer declarações de repúdio a atos ilícitos praticados por integrantes de governos e ao imobilismo das autoridades para solucionar problemas do país. Às 13h01min, serão executados os hinos Nacional e Rio-Grandense. O protesto será feito no mesmo horário de outro similar na Praça da Sé, em São Paulo.
Na Capital, o movimento é liderado pelo Instituto Liberdade (IL), por meio de seu presidente, o advogado Ricardo Dornelles Chaves Barcellos. Além do IL, apenas mais uma instituição participa do movimento: o Instituto de Estudos Empresariais (IEE). Segundo Giancarlo Mandelli, presidente do IEE, isso se deve ao fato de que o movimento é composto por cidadãos, e não por entidades. Ele espera cerca de 500 pessoas na manifestação.
Campanha é acusada de elitismo por seus críticos
Apesar de a campanha ter tomado emprestada a imagem de celebridades, como a cantora Ivete Sangalo, as apresentadoras Hebe e Ana Maria Braga e a atriz Regina Duarte, não são esperados convidados especiais para o evento. Também não estarão presentes parentes de vítimas do vôo da TAM, segundo Barcellos, porque o desastre aéreo não é a causa do Cansei.
– Não desejamos que se leve para esse lado do acidente. Ele foi apenas a gota dágua – afirma o presidente do IL.
O Cansei enfrenta críticas de entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT). É acusado de ser um agrupamento de oposição ao governo federal e de congregar porta-vozes da elite paulistana - razão pela qual foi apelidado de Movimento Oscar Freire, em alusão a uma rua com lojas de luxo. Em resposta, a CUT lançou em julho o movimento Cansamos!, com os complementos "do trabalho escravo", "da sonegação de impostos", entre outros.
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