| 16/08/2007 18h44min
A mudança de vôos de Congonhas para Guarulhos pode acelerar o processo de saturação do aeroporto internacional paulista, caso não sejam realizadas reformas para aumentar sua capacidade, segundo avaliação da TAM. Sem as obras, o aeroporto poderia ficar saturado em apenas três anos e não em seis, como se prevê atualmente.
Para a companhia aérea, hoje líder no mercado nacional, embora haja a determinação do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) de se encontrar um local para a construção de um novo aeroporto em São Paulo, a reforma de Guarulhos tem prioridade.
– São Paulo tem, sim, necessidade de um novo aeroporto. Mas a expansão de Guarulhos vem em primeiro lugar – diz o vice-presidente financeiro da companhia, Líbano Barroso.
Segundo ele, a construção de um aeroporto novo levaria, no mínimo, seis anos, enquanto obras de ampliação e reforma completas de Guarulhos poderiam se encerrar em até três anos. Prazo este que é igual ao estimado pela TAM
para o colapso do aeroporto caso nada
seja feito no local.
As determinações do Conac, que devem ser detalhadas e implementadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) até setembro, podem, também, afetar ainda mais a operação em Guarulhos, outro fator que poderia acelerar o processo de saturação. Segundo Barroso, há já a determinação para que novos vôos internacionais, nos períodos entre as 7h00 e as 10h00 e entre as 19h e as 23h, sejam alocados fora de São Paulo.
– Embora haja ainda espaço nos períodos compreendidos fora dessas faixas de horários para vôos internacionais, isso logo deve mudar – diz.
Para contornar esse problema, há duas opções, segundo ele: "trocar" um slot (permissão para decolagem ou pouso) doméstico nesse horário para um novo vôo internacional ou operar a nova rota de outro aeroporto, fora de São Paulo.
– Nesse caso, as opções mais viáveis em nosso entendimento seriam os aeroportos do Galeão (RJ), de Confins (MG) e Viracopos – diz
Barroso.
O executivo da TAM, inclusive, acredita
que, embora ainda não detalhadas, essas novas regras deverão se aplicar aos quatro novos vôos internacionais programados para este ano pela companhia. Em setembro, começam a operar os vôos para Caracas, na Venezuela, e para Montevidéu, no Uruguai. Em dezembro, têm início as rotas para Frankfurt, Alemanha, e Madri,
Espanha.
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