A terceira etapa do circuito do WCT feminino em Itacaré (BA) começou com boas ondas de um metro de altura e quebra de recorde na Praia da Tiririca. O local recebe a terceira etapa do circuito que reúne a elite do surfe mundial.

As líderes na corrida pelo título mundial da temporada venceram suas baterias, com Chelsea Hedges (AUS) batendo o recorde de pontos logo em sua estréia. Ela surfou duas ótimas ondas com muita radicalidade e velocidade nas manobras para arrancar notas 9,5 e 9,0, ampliando para 18,50 pontos de 20 possíveis a marca de 17,75 pontos.

As brasileiras Silvana Lima e Jacqueline Silva também passaram direto para as oitavas-de-final, porém em segundo lugar nas suas baterias da primeira fase classificatória que foi finalizada no início da tarde desta segunda, dia 20, na Bahia.

– Estamos apenas começando o campeonato e nunca podemos realmente saber o que virá pela frente. Só quero continuar concentrada para as próximas fases. As ondas aqui na Praia da Tiririca estão melhores neste ano e quando temos todas as condições fica possível mostrar todo nosso potencial – disse Chelsea, que derrotou a catarinense Jacqueline Silva e Nicola Atherton (AUS), campeã da etapa do WQS, a divisão de acesso, que foi realizada na semana passada também na praia da Tiririca.

Brasileira só reagiu no final

Jacque quase não pegou ondas durante a bateria e só reagiu no finalzinho, quando achou a primeira boa dela para garantir a classificação direta para as oitavas-de-final.

– A Chelsea pegou as melhores ondas da bateria. Eu estava sempre do lado dela, mas a onda vinha para ela e eu tinha só que sentar e assistir mesmo. Ela tirou logo dois high-scores (notas altas) e eu fiquei ali brigando com a Nicola. Só no final consegui achar uma ondinha boa, aí quando passei para segundo fiquei ali do lado dela só esperando o tempo passar até o fim da bateria, mas foi um sufoco – contou Jacqueline Silva, a líder do ranking WQS.

A cearense Silvana Lima, vice-campeã do WQS na semana passada, participou de um dos confrontos mais disputados desta segunda-feira. Rebecca Woods (AUS) venceu a bateria e Silvana teve que partir para a marcação em cima da também australiana Claire Bevilacqua.

– Cada uma tinha uma nota boa, eu consegui duas na casa dos 6 pontos e fiz a minha parte. A marcação faz parte do jogo e como o nível é muito alto não pode dar bobeira. O importante era passar e estou confiante, com os pés no chão, para buscar um bom resultado aqui no Brasil – falou Silvana Lima, que divide a quarta posição no ranking com três australianas.