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 | 27/08/2007 16h11min

Reunião entre BM e clubes termina sem acordo

Questão do policiamento nos estádios voltará a ser discutida na sexta-feira

Terminou sem acordo a reunião entre os órgãos de segurança do Estado e dirigentes da dupla Gre-Nal realizada nesta segunda para discutir a questão do policiamento nos jogos de futebol. A portas fechadas em uma sala do QG da BM, no centro de Porto Alegre, os dois lados discutiram o assunto por mais de uma hora sem chegar a consenso.

– Não houve acordo – afirmou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto Neto, na saída da reunião.

A proposta da BM é repassar aos clubes parte dos custos para fazer a segurança dos jogos. Para cada Policial Militar destacado para o serviço, os clubes teriam de arcar com um custo de R$ 10,49 por hora. Além disso, ficariam encarregados de contratarem seguranças particulares na proporção de seis por PM por mil torcedores.

 De acordo com o presidente da FGF, nesses termos não haverá acordo. O assunto voltará a ser debatido com as direções de Grêmio e Inter na sexta-feira e a idéia é apresentar uma contra-proposta. Será proposta uma espécie de parceria entre a FGF e a BM, que na prática se traduziria com a doações regulares de equipamentos, tais como viaturas e materiais de trabalho.

– Os clubes acham que esse pagamento traria um grande prejuízo, já que qualquer jogo da dupla Gre-Nal custaria de R$ 20 a 30 mil. Então, dificilmente esse acordo vai ocorrer. O mais lógico seria uma espécie de parceria, com doações, como fizemos durante o veraneio. Aí talvez saia o acordo – disse Novelletto.

Pelo menos nesse primeiro momento, a BM também se mostra irredutível. O comandante-geral da BM, coronel Nilson Bueno, afirmou que a proposta dos clubes será analisada, mas que de alguma forma os custos para o policiamento dos jogos, um evento considerado privado, será repassado. Ele rechaçou a alegação de que a dupla Gre-Nal não teria condições de arcar com essa despesa.

– Não tenho a contabilidade dos clubes, mas a grande maioria que vai aos jogos paga ingresso. E é nos clubes onde se ganham os melhores salários do país – disse Bueno.

RÁDIO GAÚCHA
Arivaldo Chaves / Agência RBS

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Foto:  Arivaldo Chaves  /  Agência RBS


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