Empresas gaúchas, comitês financeiros dos partidos e pessoas físicas foram os grandes fornecedores de recursos para as campanhas do governador eleito Germano Rigotto (PMDB) e do candidato derrotado Tarso Genro (PT).

Juntando o montante arrecadado pelas duas campanhas, mais de R$ 6,7 milhões foram movimentados pelas siglas, para custear gastos com viagens, propaganda e material de divulgação nos dois turnos da eleição ao governo do Estado.

Ao contrário das doações registradas pelos candidatos à Presidência da República, que tiveram grandes bancos nacionais entre os maiores fornecedores indicados, apenas o Banco do Estado de São Paulo (Banespa) aparece entre os colaboradores financeiros da campanha gaúcha. A instituição doou R$ 150 mil à campanha petista.

De acordo com a prestação de contas de Tarso e Rigotto, entregues nesta semana ao protocolo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a campanha petista foi a mais dispendiosa. Embora não tenha superado Rigotto nas urnas, o candidato do PT, ex-prefeito da Capital, arrecadou durante a eleição R$ 3.711.822,57, R$ 628.159,80 a mais do que o registrado pela campanha vitoriosa. As doações financeiras arrecadadas pelo governador eleito chegaram a R$ 3.083.662,20.

A campanha peemedebista, que recebeu principalmente recursos de pessoas jurídicas, teve como principal doador o Grupo Gerdau, que colaborou com R$ 900.404,00 para a eleição de Rigotto. O comitê financeiro do PMDB, que elegeu nove deputados estaduais e cinco federais, registrou uma arrecadação total de R$ 3.556.752,81. Já o PT, que elegeu 13 deputados estaduais e oito federais, arrecadou para o comitê financeiro R$ 1.120.858,67.

As declarações de gastos dos candidatos que concorreram ao segundo turno deverão entrar na pauta das sessões do Pleno do TRE nos próximos dias. O Tribunal, que analisa as contas das campanhas estaduais desde o início da semana, tem até 11 de dezembro, oito dias antes da diplomação dos eleitos, para encerrar o processo.