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 | 12/09/2007 10h56min

FIA decide nesta quinta o futuro da McLaren na F-1

Entidade julgará em Paris o escândalo de espionagem sobre a Ferrari

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se reúne nesta quinta em Paris para decidir o futuro da McLaren na Fórmula-1. A escuderia inglesa é suspeita de ter tido acesso a documentos confidenciais da Ferrari, o que constitui espionagem.

A FIA substituiu na semana passada uma reunião de seu tribunal de apelação por uma do Conselho Mundial, por ter recebido uma “prova nova” no caso. A novidade seria uma suposta troca de e-mails entre os espanhóis Fernando Alonso, piloto titular da equipe, e Pedro de la Rosa, piloto de testes.

A reunião é o último capítulo da investigação que a FIA abriu no início de julho. Na ocasião, foi revelado que Mike Coughlan, ex-diretor de projeto da McLaren, tinha recebido documentação secreta de Nigel Stepney, ex-engenheiro da Ferrari.

Segundo a investigação, Stepney entregou a Coughlan informação confidencial sobre o carro da escuderia italiana para 2007, o F2007. Além disso, ele teria avisado que a Ferrari utilizaria no GP da Austrália, primeira prova do ano, um componente proibido pelo regulamento, o fundo plano móvel.

O Conselho Mundial decidiu no dia 26 de julho não punir a equipe McLaren, apesar de ficar demonstrado que a equipe tinha em seu poder documentos confidenciais da concorrente. No entanto, advertiu que suspenderia a escuderia se ficasse demonstrado que ela utilizou a informação em seu benefício.

Nesse caso, a McLaren então teria que “enfrentar a possibilidade de sua exclusão não só do campeonato de 2007, mas também do de 2008”. O próprio presidente da FIA, Max Mosley, recorreu ao Tribunal de Apelação contra a decisão do Conselho Mundial de não sancionar a McLaren. A apelação de Mosley foi cancelada na semana passada e substituída por uma nova reunião do Conselho Mundial, após o anúncio da “nova prova”.

A prova pode ter sua origem em uma troca de e-mails entre Alonso e De la Rosa. O jornalista que revelou a existência do mesmo, no entanto, admitiu que “interpretou” o suposto diálogo dos pilotos. A FIA enviou uma carta, divulgada publicamente este fim de semana em Monza, aos dois pilotos. A entidade exigia colaboração e toda a informação que pudessem fornecer.

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EFE
 
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