A McLaren divulgou um comunicado oficial nesta sexta-feira garantindo que não irá recorrer da punição recebida por ter adquirido informações exclusivas da rival Ferrari. A escuderia foi multada em US$ 100 milhões e mais a perda de pontos no Mundial de Construtores da Fórmula 1.

– Tendo o tempo necessário para estudar o julgamento do Conselho Mundial com nossos advogados e acionistas, a McLaren acredita que pelos interesses do esporte e seu objetivo de vencer corridas e o Mundial, não irá apelar – diz o comunicado.

A escuderia reconhece que o julgamento foi correto, embora afirme que não apoiou a irregularidade cometida por um de seus engenheiros.

– Apesar de não existirem evidências de que essas informações foram usadas, testadas ou divididas com os engenheiros do time (o que não aconteceu), a posse constitui uma quebra das regras – admite.

Hamilton na mira da FIA

O caso, porém, ainda continua repercutindo. De acordo com o diário espanhol Marca, o piloto Lewis Hamilton está sendo investigado pela Federação Internacional de Automoblismo (FIA) por ter supostamente mentido em seu depoimento ao Conselho Mundial.

Embora os pilotos tenham saído ilesos da punição imposta à McLaren, a FIA procura evidências de que Hamilton sabia da existência dos documentos pertencentes a Ferrari – em seu depoimento, o líder do campeonato garantiu que não sabia de nada sobre o assunto.

– Não fiz nada de mal, não sei nada sobre os e-mails trocados entre Pedro de la Rosa e Fernando Alonso e não sei, absolutamente, nada da informação da Ferrari – reiterou Hamilton, citando uma conversa virtual entre os outros dois pilotos da McLaren.