| 23/09/2007 19h37min
Foi constrangedor. O empate no Mineirão é cara do time do Inter em 2007: irregular. Após estar vencendo por 2 a 0 até os 42 minutos do segundo tempo, o Inter entregou o jogo para o Atlético-MG. Foi, nas palavras do vice de futebol Giovanni Luigi, um "empate com cara de derrota".
O Inter mostrou alguma qualidade no ataque, mas também um pouco de desorganização, talvez fruto da falta de entrosamento dos seus jogadores. Defensivamente, no entanto, deu medo. As costas dos laterais Elder Granja e Alex eram um convite aos contra-ataques rápidos do Atlético. Índio e Sorondo se viravam como podiam para conter Éder Luis, Marinho e cia., que volta e meia apareciam livres nos lados do campo.
No fim da primeira etapa, o Inter escapou de levar o gol em um lance que parecia sinalizar um futuro melhor na partida. Renan pegou o pênalti batido por Marinho. Foi apenas uma das muitas oportunidades em que ele salvou o time, às vezes com verdadeiros milagres. Aos 46 minutos do segundo
tempo, já após o empate do
Atlético, ele defenderia uma cabeçada à queima-roupa de Marcinho, consagrando-se definitivamente como o melhor jogador em campo.
Na saída para o intervalo, Abel disse, "está mais ou menos". Então, o time retornou para a etapa final mais forte, e com Luciano Henrique no lugar de Roger, de atuação inexpressiva. De cabeça, o Inter construiu uma grande vantagem, com Gil, que fez o seu primeiro gol com a camisa do Inter, e depois com Fernandão. Ao seu melhor estilo, o capitão ganhou no alto e fulminou o goleiro Juninho.
Com o jogo controlado, o time dominava o campo e atacava, segundo Abel, "quase inconseqüentemente". Numa dessas estocadas, Luciano Henrique perdeu a chance de definir a partida. A torcida começou a gritar "olé" a cada toque dos jogadores do Inter na bola. As vaias à equipe da casa sacudiam o Mineirão.
Foi aí veio o apagão colorado. Em três lances, o Atlético empatou e quase virou. Já eram 42 do segundo tempo quando Leandro
Almeida cabeceou e a bola passou a linha
do gol apenas o suficiente para acordar um time que parecia morto em campo. Dois minutos depois, Vanderlei recebeu cruzamento rasteiro da direita para fazer o 2 a 2. Aos 46, Marinho perdeu a chance de marcar o terceiro.
Agora, restam 11 rodadas e o Inter é o nono colocado. A Libertadores é um sonho, mas a realidade é de um time que parece não ter forças para conquistar algo mais que a vaga na Sul-Americana. Domingo que vem, o time recebe o líder absoluto São Paulo.
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