| 24/09/2007 10h50min
O duplista brasileiro Marcelo Melo anunciou nesta segunda-feira que ficará afastado das quadras até o dia 9 de novembro. Atual número 25 do ranking da ATP nas duplas, Melo foi comunicado pela Federação Internacional de Tênis que seu exame antidoping realizado no torneio de Londres detectou a presença de isometepteno, o que obriga o afastamento do mineiro do circuito.
A substância é encontrada no analgésico Neosaldina, que Melo tomou na noite de 9 de junho, anterior a seu jogo pela última rodada do qualifying da competição londrina. O que ele não sabia que é o isometepteno age como estimulante do metabolismo, e figura na classe 56 de substâncias proibidas pela ITF.
– Nunca imaginei que fosse um medicamento proibido. Tomei por estar com dor de cabeça e acabei levando esta punição, por não saber que a Neosaldina contém uma substância que está na lista de componentes proibidos da ITF. Foi uma infelicidade, justamente no melhor momento da minha carreira – lamentou.
Após a notificação por parte da ITF, o tenista tentou provar à entidade máxima do tênis mundial que tomou o medicamento sem conhecimento das restrições na fórmula, e que por isso mesmo não tinha intenção de se beneficiar de seu efeito. A Federação entendeu o caso, mas nem por isso deixou de aplicar uma punição.
Por conta do exame, Melo foi suspenso por apenas dois meses, contra um ano de suspensão prevista na pena máxima de casos semelhantes. De quebra, o brasileiro ainda perde os pontos e o prêmio em dinheiro pelos resultados no torneio de Londres e no Aberto dos EUA, onde chegou às quartas-de-final já notificado, mas ainda aguardando a julgamento.
– O seu uso do isometepteno não teve a intenção de impactar e de fato, não teve mesmo impacto na sua performance esportiva – argumenta Stuart Miller, chefe do departamento técnico e de ciências da ITF.
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