Contratado em abril, o técnico Celso Roth vive seu momento mais complicado desde que chegou ao Vasco. Isto porque o time carioca acumula cinco partidas sem vencer no Campeonato Brasileiro, além de ter perdido por 2 a 0 para o Lanús, no jogo de ida das oitavas-de-final da Copa Sul-Americana.

Muito criticado pelos torcedores na derrota para o Cruzeiro, neste domingo, o treinador se prepara para uma semana decisiva. Na quarta, o Vasco faz a partida de volta contra o Lanús, enquanto no domingo enfrenta o Santos, em duelo direto de duas equipes que buscam vaga na Copa Libertadores do ano que vem. Resultados adversos nestes jogos podem abreviar a passagem de Celso Roth por São Januário.

A diretoria do Vasco nega qualquer intenção de dispensar Celso Roth, mas nas últimas semanas o técnico tem enfrentado alguns desgastes não só com os torcedores, mas também com alguns atletas. Contratados por indicação dos dirigentes e não de Roth, o volante Andrade e o atacante Martín Carvalho andaram reclamando publicamente das poucas oportunidades que têm recebido por parte do treinador.

Já os torcedores vascaínos criticaram bastante o fato de o treinador insistir na escalação do volante Amaral. Contra o Cruzeiro, Celso Roth foi hostilizado quando preferiu tirar Perdigão de campo para a entrada de Abuda, deixando Amaral em campo. O jogador também foi perseguido pelos cruzmaltinos, mas ganhou o apoio do técnico, que minimizou os protestos.

– Primeiro, a culpa é do coitado do Amaral, que corre, se entrega, joga, pode fazer o que for, mas não agrada. O Amaral vem tendo atuações muito equilibradas. Depois dele quem é que não o tira e o põe para jogar? Só tem uma pessoa, então isso recai sobre o treinador. É absolutamente compreensível. Não interessa as substituições que você faz. Se elas não dão resultado e o time perde, a culpa é do treinador. É por isso que se vaia e temos que compreender tanto as vaias quanto os aplausos, que são coisas efêmeras, são feitas e acontecem no momento – disse o treinador.