Justamente em meio ao ressurgimento da polêmica sobre o Brasileirão 2005, causada pelas declarações do ex-presidente corintiano Alberto Dualib, descobertas nesta semana, foi lançado em São Paulo o livro Dossiê Corinthians — Da Máfia do Apito ao Tetracampeonato do Alvinegro Paulista. Texto de divulgação diz que a obra revela "como tiraram o título de 2005 do Internacional de Porto Alegre".

Os jornalistas Rafael Andrade Jardim e Edson Oliveira Weiss Filho se propõem a explicar a relação do Corinthians com a empresa de investimentos MSI, desde sua chegada ao Brasil até o rompimento, em 2007. O ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho afirma, em entrevista ao livro, que clubes pagaram ao STJD para não remarcarem seus jogos naquele campeonato, e que houve interesse da Rede Globo em ter o Corinthians na Libertadores do ano seguinte. A obra traça ainda um perfil de personagens como Antônio Roque Citadini, Romeu Tuma Jr., Andrés Sanchez, Alberto Dualib, Kia Joorabchian, entre outros.

Confira um trecho do prefácio do jornalista Flávio Prado:

"Os equívocos e leviandades de um apitador serviram de mote para que se mudasse a história de uma competição, que deveria ter o Internacional como campeão, não o Corinthians. No entanto, era o momento da fixação de imagem da MSI e o título nacional seria o aval daquela discutível união. Veio a conquista, porém ficaram as marcas. A parceria não vingou, o Corinthians perdeu, os vilões da MSI foram desmascarados e o tempo foi, outra vez, senhor da razão. Ficou, todavia, um título com dono errado. A taça corintiana de 2005 está no Parque São Jorge, mesmo que manchada pelas pegadas da sujeira e das tramas menores."