| 26/09/2007 17h43min
O Brasil chega às semifinais da Copa do Mundo feminina, contra os Estados Unidos, com uma das melhores chances de toda a sua história para conseguir o inédito título. Quem fala isso é uma das principais jogadoras que já passaram pela seleção brasileira. Aos 40 anos e ainda em atividade, a meia Sissi crê que finalmente as brasileiras vão poder mostrar o seu valor.
– Pela primeira vez o Brasil tem reais chances de vencer os Estados Unidos. Estamos indo para essa partida com certa vantagem, principalmente no talento individual. Estou com a sensação que dessa vez vai dar – afirmou a jogadora. – Agora nós já sabemos como enfrentar as norte-americanas. Não podemos deixar que elas toquem a bola rápido. Elas sempre dão três, quatro toques e procuram a Wamback – alertou.
Artilheira do Mundial de 1999, Sissi mora nos Estados Unidos desde 2001. Segundo ela, até no país norte-americano as pessoas acreditam que o Brasil estará na decisão contra a Alemanha.
– Estou agora apenas como torcedora. O problema é que não vai adiantar nada essa bela campanha se não vencermos essa partida. Mas essa é a chance, pois até aqui nos Estados Unidos o pessoal está achando que o Brasil vai levar.
Atualmente, Sissi atua no Califórnia Storm, time de uma liga amadora dos EUA. Para ela, essa é uma chance que não pode ser desperdiçada, principalmente pela qualidade do atual grupo brasileiro, comandado pela melhor do mundo Marta.
– A minha expectativa quanto a esse título é muito grande. Se não vier agora, não sei quantos anos teremos de esperar para ter outra chance assim – afirmou Sissi.
A atleta também minimizou as declarações dadas pelo técnico da equipe norte-americana, Greg Ryan. Em entrevista ao site da Fifa, ele disse estar preocupado com a violência das brasileiras. Segundo ele, a equipe de Marta abusou das jogadas desleais em amistoso disputado antes do Mundial.
– Não acredito em deslealdade. O futebol de hoje em dia é mais físico. Acho que o treinador falou isso para por mais pimenta, além do próprio fato de ele ter trocado a goleira (a titular Hope Solo dará lugar à veterana Briana Scurry). Ele está sendo considerado maluco por ter feito isso – explicou a ex-jogadora da seleção brasileira. – É uma decisão e temos que tirar proveito de tudo. O Brasil vai jogar da mesma forma que elas. Se precisar jogar duro, temos que jogar – ressaltou.
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