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O primeiro compromisso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na visita de um dia ao Chile nesta terça, dia 3, foi se reunir para uma longa conversa com o presidente Ricardo Lagos no Palácio La Moneda. Após uma hora de um encontro reservado, Lula e Lagos chamaram as equipes do executivo chileno e do futuro governo brasileiro para discutir temas de interesse bilateral.
Enquanto o presidente eleito defende o ingresso definitivo do Chile no Mercosul, Lagos tem urgência em firmar um acordo de comércio bilateral com os Estados Unidos. O Brasil exporta para o Chile cerca de US$ 1,5 bilhão ao ano e compra aproximadamente US$ 840 milhões em produtos chilenos. Mas, enquanto a tarifa média de importação no Chile é de 6%, no Mercosul ela está perto de 15%, o que impossibilita ao governo chileno adotar a Tarifa Externa Comum (TEC) que padroniza as negociações comerciais dos países do bloco.
Lula chegou na base aérea de Santiago pela manhã, onde foi recebido com tapete vermelho e uma homenagem militar, mas sem a presença de ministros do governo Lagos. Apenas diplomatas brasileiros e chilenos receberam o presidente eleito. No palácio La Moneda, Lula deve voltar a propor a integração política do países do Mercosul, incluindo Chile e Bolívia, hoje membros associados do bloco. Na Argentina, Lula e integrantes da comitiva brasileira insistiram na necessidade de uma coordenação macroeconômica regional para fortalecer a posição de negociação do Mercosul frente a organismos internacionais e outros mercados. As informações são da Agência Reuters.
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