A direção da Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej) maquiou a capacidade de público do Centreventos Cau Hansen para a semifinal e decisão da Liga Futsal.

A adulteração nas informações repassadas à Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) foi revelada nesta quarta-feira, dia 3, pelo presidente da Felej, Antônio Lennert, durante entrevista coletiva na sede da Prefeitura de Joinville.

De acordo com Lennert, o ginásio não tem os cinco mil lugares exigidos pela entidade para a fase decisiva da competição nacional. O dirigente afirmou ainda que a direção técnica da CBFS tinha conhecimento do espaço para o público abaixo do exigido no artigo 69 do regulamento da Liga Futsal.

– Nem todos os ginásios têm a capacidade que é informada para a confederação – observou.

Na primeira partida da decisão, aproximadamente quatro mil pessoas lotaram o Centreventos Cau Hansen. Foram vendidos 3.200 bilhetes e o restante do espaço foi ocupado por convidados de patrocinadores e parceiros do clube.

Somadas as cadeiras de pistas e de palco, a capacidade ficou em 3.657 lugares e, segundo o presidente da Felej, foram completados com cadeiras no anel superior, chegando aos quatro mil.

CBFS: Temos que acreditar na prefeitura

O diretor técnico da CBFS, José Carlos dos Santos, alegou que a entidade se baseia em informações dos bombeiros e das administrações municipais para fiscalizar a capacidade de público.

– Temos que acreditar na prefeitura. Não exigimos borderô (documento com informações sobre renda e público) porque os clubes têm a liberdade de gerir a bilheteria – explicou.

José Carlos explicou que não está prevista punição ao Joinville.

– Estamos estudando a possibilidade de exigir laudos técnicos nas próximas edições da Liga Futsal – informou.

Nesta quarta, o jornal A Notícia tentou ouvir o dirigente da Malwee, Cacá Pavanello, mas o celular estava na secretária eletrônica. O mesmo ocorreu com o supervisor da Ulbra, Atílio Dias.