| 08/10/2007 10h25min
Poucas vezes, neste campeonato, o Grêmio cometeu tantos erros. Começou antes do jogo, quando se deixou "envenenar" com as provocações de Valdivia. Até Mano Menezes, sempre um comandante ponderado, entrou na bobeira geral e, em vez de acalmar o time, estimulou o sentimento de revanchismo. Mas Mano Menezes não errou apenas quando aceitou o bate-boca. Para substituir Tcheco escolheu Thiego, adiantando Anderson Pico, para o meio-campo. Cheguei a cogitar a escalação de Gavilán desde o início, escolha que daria robustez defensiva ao time. Já que o empate servia, por que não? Ora, porque Mano Menezes resolveu mexer no time mais do que o necessário e o resultado foi péssimo, tanto que Thiego teve que ser substituído. E aí, mais um equívoco do treinador: retirou o zagueiro-lateral e mandou para campo, não Marcel, como seria desejável para quem perdia por 2 a 0, mas Luciano Fonseca, uma marretada no óbvio. E, para completar a maçaroca, recuou Anderson Pico para a lateral e trouxe Jonas para ser meia-atacante. Poderia
dar certo? Só por milagre. Mas os santos milagreiros estavam de folga.
Para piorar, Saja falhou nos gols. No primeiro, em falta cobrada da intermediária, a bola passou sob o corpo do argentino que, no segundo, estava adiantado. Desta vez, até Eduardo Costa jogou mal. Diego Souza teve outra atuação modesta. Bustos não esteve melhor. Mas, como desgraça pouca é bobagem, a TV ainda flagrou Gavilán agredindo Valdivia com um soco traiçoeiro. Vai custar-lhe, certamente, longa suspensão. E quando, após o jogo, parecia que a fracassada jornada tinha passado, Mano Menezes tentou justificar a caçada a Valdivia alegando que ele é debochado, pisa na bola, ri dos adversários. E daí? Só quem perdeu com o destempero emocional foi o Grêmio. Mano Menezes, previsível, não admitiu seus equívocos. Nenhuma novidade. Quantas vezes se escuta um treinador reconhecer que errou? Com a derrota, o Grêmio está fora do G4. Se esforçou para isso. Quem procura acha.
Seguiu
mal
No Grêmio, os erros
começaram antes do jogo, persistiram durante a partida, continuaram nas entrevistas e não cessaram no dia seguinte. Não é crível que, em vez de uma autocrítica, tentem desviar o foco das verdadeiras causas da derrota.
Missão cumprida
Sem empolgar, o Inter fez a lição de casa: derrotou o América e somou três pontos. Poderia ter feito goleada. Ficou a impressão de que a fragilidade do adversário acabou inibindo o Inter que jogou quase em ritmo de treino. Gil foi o destaque pela dedicação e insistência nos arremates. Guiñazu foi incansável. Preocupante, mesmo, está o lado direito defensivo. Jonas ainda está produzindo pouco, e Índio está sem explosão. Foi batido nas poucas vezes em que o América atacou.
Palavra de Fernandão
"Estamos tomando cara de time", disse Fernandão, elogiando a reiteração da escalação e do esquema. Certo. Magrão está jogando avançado, até marcou gol, e
Guiñazu chega na área adversária a todo o instante. Vê quem quer.
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