| 10/10/2007 09h51min
Desde o retorno de Abel Braga ao Inter, o time vem fazendo da bola aérea a sua principal jogada de ataque. Nessas 12 partidas, a equipe marcou sete gols de cabeça. Foram mais cinco em chutes, além de um de pênalti e outro em cobrança de falta. No Beira-Rio garantem que se trata de estratégia, não de uma medida de desespero e da tentativa de vitória a qualquer custo.
Segundo números da TV Globo, o Inter é o campeão brasileiro do "chuveirinho". Foram 498 cruzamentos na área até agora nesse campeonato, que resultaram em nove gols. Todos os últimos seis gols da equipe foram marcados de cabeça. O Inter trocou a velocidade de Iarley e Adriano pelo ataque aéreo, com Fernandão, Magrão, Gil e até Sorondo.
— O Abel vem pedindo para que o time jogue pelos flancos, pois todas as equipe têm congestionado demais o meio. Assim, os cruzamentos pelos lados acabam sendo uma necessidade — disse Wellington Monteiro.
— Também estamos explorando muito a bola aérea
através das faltas laterais. Por tudo isso
temos marcado gols de cabeça — acrescentou ele.
Aliviado com a vitória sobre o América-RN, com dois gols de cabeça, Abel Braga garante que passou a utilizar a bola aérea como tática de jogo a partir dos ingressos de Sorondo (1m90cm) e Magrão (1m86cm) no time, além do retorno de Fernandão (1m90cm). Lembrou ainda que todas as equipes do Brasileirão têm utilizado muito os cruzamentos para a área.
— As jogadas pelo alto são características das equipes do Sul. O Grêmio cruza muitas bolas porque têm jogadores altos. Só não gosto de chutão. Tanto faz como ocorre o gol, o negócio é botar para dentro — comentou Abel.
— O América-RN veio aqui e cruzou 26 bolas para a nossa área — justificou.
Magrão, autor do segundo gol na partida contra o América-RN, entende que o Inter não vive apenas da bola aérea, diz que o time tem armado boas jogadas também com a bola nos pés, mas o aproveitamento com a cabeça tem sido melhor.
—
Estamos colocando a bola no chão, mas ela não tem entrado. A
diferença é que estamos sendo mais competentes com as lances pelo alto — afirmou o volante.
Ex-jogador do Corinthians, Magrão ainda não sabe se vai comemorar, caso marque um gol em seu ex-clube:
— Isso é coisa de momento. Tenho respeito por eles, mas comemorar ou não depende do que ocorrer na hora do jogo.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.