A Uefa julgará nesta quinta-feira as acusações contra o goleiro Dida em relação aos ocorridos na partida entre Milan e Celtic, na Escócia, na última semana, pela Copa dos Campeões. Na ocasião, o brasileiro foi tocado por um torcedor que invadiu o campo e, após correr atrás do “agressor”, caiu no chão e foi substituído. Com o seu camisa 1 sob suspeita de simulação, o Milan já começa a se preocupar com uma possível punição. Apesar do consenso de que Dida errou, o pedido dos milaneses é para que a Uefa “pegue leve” na punição.

– Por anos, o Dida mostrou grande esportividade e ser justo, já foi atingido por fogos e levantou. Aquela noite foi um erro. Não sei porque ele fez isso, mas acho que esse assunto deve ser analisado com a demonstração de profissionalismo que ele teve ao longo dos anos – falou o técnico Carlo Ancelotti, lembrando do incidente ocorrido em uma partida entre Inter e Milan, também pela Liga dos Campeões, quando os torcedores da Inter arremessaram fogos no brasileiro.

E os companheiros de Dida seguem a linha de seu comandante. O lateral-direito Oddo, no entanto, pode até complicar o arqueiro, pois admitiu que o goleiro fingiu ter se ferido pelo invasor.

– O Dida sabe que cometeu um erro. Não se comportou bem, mas em certas situações é fácil fazer uma encenação. Ele é um excelente goleiro e só podemos esperar que a Uefa entenda que foi uma exceção – pediu o italiano.

Sobre a substituição pedida pelo camisa 1, Ancelotti garante que foi uma decisão médica.

– O doutor decidiu que ele deveria sair porque não sabia a extensão do machucado e preferiu evitar qualquer risco – declarou.