| 14/10/2007 18h33min
Cinco horas antes de o jogo começar já havia movimentação grande nas proximidades do Estádio El Campín, e a cor predominante nas arquibancadas e ruas próximas era o amarelo. Febre amarela foi como os torcedores colombianos batizaram a estréia da equipe nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Duas horas e meia antes do duelo, o estádio já estava tomado. Dentro do estádio aflorava o espírito nacionalista do povo colombiano, com músicas ressaltando o folclore do País e sua importância no cenário latino-americano.
Nos dias que se antecederam à partida, porém, foi fácil notar um sentimento dúbio dos colombianos para o duelo com o Brasil, o pior adversário que poderia ter nesse começo de trabalho do técnico Jorge Luiz Pinto. Fé e desconfiança se misturavam nas vozes dos bogotanos.
— Temos um time em formação, com jogadores de valores, mas ainda não páreos para o Brasil de Ronaldinho Gaúcho e Kaká — disse o vendedor ambulante Jose Bawin Alvarez.
A febre
amarela também fez muitos
comerciantes ganharem o mês com a venda de camisas piratas da seleção local e uma série de adereços para torcer. As camisas com os nome dos jogadores, nas cores amarela e azul, eram vendidas a preços populares entre 30 mil a 35 mil pesos, valor mais ou menos equivalente a R$ 30 e R$ 35. A maioria dos 42 mil torcedores no estádio desfilavam com as cores nacionais no peito.
Até a hora do jogo também não foi registrado nenhum incidente nas imediações do El Campín. Cerca de 1.400 policiais fizeram a segurança. Os policiais do Choque eram os que mais chamavam a atenção — todos equipados com apetrechos de combate. Para que entrassem no estádio, os torcedores tiveram de passar por revistas, que começavam nas ruas próximas.
Só furava a barreira policial quem estivesse com ingresso. Era fácil se locomover nas imediações do estádio, cercado por calçadões. Os colombianos não reclamaram das filas, longas, mas de acesso fácil e sem demora. Tiraram o domingo para se divertir e para torcer.
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