| 16/10/2007 07h38min
O Inter começou a entregar pontos importantes para o Corinthians aos 28 minutos do segundo tempo, quando Magrão sentiu cãibras e pediu para sair. Sem ele e seu 1m86cm de altura, a defesa perdeu referência na área. Seria o volante quem marcaria Finazzi, caso estivesse em campo.
Com a saída de Magrão, a defesa colorada alterou o posicionamento em bolas paradas. Em vez de marcação individual, passou a marcar por zona. E, mais uma vez, deu tudo errado. O fenômeno havia se repetido no empate com o Atlético-MG e na derrota para o São Paulo.
Essas três partidas são exemplos da falta que Magrão (ou da sua imposição física) fazem ao time. Sempre que ele precisou sair, a equipe sofreu gols em lances aéreos. Contra o Atlético-MG, ele foi substituído por Orozco aos 34 minutos do segundo tempo. O Inter sofreu gols em seguida, aos 43 e aos 45 minutos. Diante do São Paulo, Magrão deixou o jogo aos 24 minutos do segundo tempo. Magal entrou em seu lugar. Quatro minutos depois, o Inter sofreu o empate. A virada, com um gol de cabeça, chegaria aos 33 minutos.
Durante a semana, nos treinos fechados, Abel Braga definiu Edinho e Fernandão para marcar a bola, na primeira trave. Índio cuidaria de Zelão, enquanto Sorondo ficaria no segundo poste. Já Magrão marcaria Finazzi, afinal, eles têm a mesma altura. Havia pedido ainda a seus jogadores que evitassem faltas laterais, pois elas poderiam se transformar em cruzamentos na área, oferecendo sério risco ao gol do Inter. Pois foi justamente o que cometeu Ji-Paraná, sobre Lulinha.
– Com a saída do Magrão, a ordem era para que a defesa passasse a marcar por zona. Os próprios jogadores definiriam quem ocuparia cada função na área. Mas não deu certo – comentou, ontem, um profissional do clube.
Foi devido a essa indefinição que Fernandão deixou o gramado do Pacaembu frustrado com o empate e fez uma declaração em clara referência à confusão tática do time:
– É sempre a mesma coisa: as funções acabam mudando ao final do jogo. Entregamos de novo.
Para evitar novas dificuldades, o Inter terá que encontrar uma fórmula para que Magrão não se torne um jogador vital ao time. Afinal, o volante não tem condições físicas para suportar 90 minutos e, até o final da temporada, será sempre substituído.
Os quatro meses nos quais ficou sem jogar, entre sair do Corinthians e assinar com o Inter, impedem Magrão de ter um bom condicionamento físico. O time convive com o problema de Magrão desde a sua estréia, no dia 5 de agosto, em Cruzeiro 3x2 Inter, no Mineirão, na 17ª rodada. Já são mais de dois meses.
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