| 17/10/2007 06h05min
Se o futebol fosse disputado somente até os 35 minutos do segundo tempo, o Inter teria somado oito pontos a mais no Brasileirão, estaria na sexta posição e na briga por uma das vagas à Libertadores.
Com 41 pontos, a equipe segue entre a turma do rebaixamento e a da Copa Sul-Americana. Para Fernandão, o diagnóstico é simples: déficit de atenção nos minutos finais.
Segundo o capitão, o desabafo após o empate com o Corinthians — quando disse que as funções sempre acabavam mudando aos finais das partidas — , serviu de alerta ao time.
— Foi cobrança pelos vacilos. Estamos tomando gols em lances de bola parada. Não é falta de treino, é falta de atenção. Naquele momento (quando o Corinthians empatou aos 41 minutos do segundo tempo), não havia marcação individual. Houve falha coletiva: minha, do Edinho, do Clemer, de todos — disse Fernandão.
O técnico Abel Braga admitiu ter tratado do assunto com o grupo:
— Dei uma bronca hoje (terça-feira) de manhã.
Fernandão não acredita que os diferentes estágios de preparação física dos jogadores estejam interferindo nos problemas defensivos — ao contrário da avaliação do preparador físico Eduardo Silva, o Dudu. Para o capitão, apenas em determinados atletas a fadiga aos finais das partidas poderia causar problemas.
— Não concordo com a desculpa do cansaço. Isso é normal quando o time se dedica 100%. Não caímos de rendimento, mas tomamos gol em um detalhe. De novo por falta de atenção na bola parada.
— Estamos com uma zica, é impressionante, sempre tomamos esses gols no final — disse Edinho.
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