| 17/10/2007 07h28min
Já testemunhei brigas furiosas entre dirigentes do mesmo clube e, por esta razão, não me cubro de perplexidade diante do episódio que resultou na renúncia de Carlos Josias Menna de Oliveira, do Conselho de Administração do Grêmio. Confesso que vacilei diante da conveniência de dar tratamento jornalístico ao assunto. Decidi conceder esta consideração ao fato porque, penso, além de envolver pessoas de alta graduação na hierarquia do Grêmio, os torcedores têm o inalienável direito de saber o que se passa nos bastidores dos clubes, ainda que o assunto seja muito desagradável. A carta-renúncia de Josias está publicada, integralmente, no meu blog em Zero Hora.com. A feia briga não vai diminuir o tamanho do Grêmio em um milímetro sequer, mas também não engrandeceu o clube, nem um tiquinho.
Time caseiro
Nenhum clube rivaliza com o Grêmio em aproveitamento doméstico. Até este momento, o time de Mano Menezes já ganhou 75% dos pontos disputados no
Olímpico. É uma marca
respeitabilíssima. Por outro lado, que explicação existirá para a brutal queda de rendimento quando o jogo é longe de Porto Alegre? Seja qual for a resposta, para garantir vaga para a Libertadores projeta-se a necessidade de o Grêmio somar quatro pontos fora do Olímpico contra Flamengo, Atlético Paranaense, São Paulo e América, nesta ordem. Quatro pontos em 16 a serem disputados, não chega a ser uma façanha. Considere-se, igualmente, que o São Paulo jogará contra o Grêmio na condição de campeão por antecipação, e o América, na penúltima rodada, já se estará rezando missa de 30º dia da sua morte. Acho que nestes dois jogos o Grêmio buscará os quatro pontos de que necessita, fora do Olímpico. Contra Náutico, Figueirense e Corinthians, na sua casa, terão que ser nove pontos, sem desconto. Difícil, mas possível.
Brincadeirinha
O Guerrinha está entre as pessoas mais espirituosas que conheço. Ontem, no Sala de Redação, ele surpreendeu todo mundo
ao interpretar que, contra o
Juventude, o Inter disputará um jogo de 12 pontos. E explicou:
— Seis pontos que o Grêmio deixará de ganhar, em 2008, e mais seis que o Inter não perderá.
O Guerrinha está contando como certo o rebaixamento do Juventude. Uma vitória do Inter, domingo, no Beira-Rio, seria o empurrãozinho final para o Juventude despencar precipício abaixo. Mas, para que aconteça, o Inter teria que superar o seu histórico de tropeços diante do Juventude. Acho que o Beira-Rio vai lotar. Será que não?
Voltou
Poucos dias depois de assumir o comando técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, no Sala de Redação, respondeu assim à pergunta que fora feita sobre a sua intenção de convocar Ronaldinho:
— Mas em que posição mesmo ele joga?
Na época era brincadeira. Mas agora, na Seleção, continuará sendo? Hoje, contra o Equador, no Maracanã, será lavada a alma brasileira. Podem
apostar.
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