A defesa tem sido o foco das atenções no Figueirense. E não é à toa que os defensores do time estão sendo assediados por outros clubes. A zaga alvinegra não sofre gol há três jogos e o artilheiro do time no Brasileiro é um zagueiro.

Um ótimo desempenho que será colocado à prova neste domingo, no Scarpelli, diante do Santos do artilheiro Kléber Pereira, que já marcou dez gols na Série A.

A boa defesa começa com um ótimo goleiro. Wilson está há 344 minutos sem sofrer gol. O último que levou foi de um companheiro de time: o gol contra de Felipe Santana, aos 18 minutos da vitória sobre o Cruzeiro, dia 30 de setembro, no Mineirão. Dali em diante, a barreira alvinegra foi intransponível diante dos ataques de Inter, Paraná e Sport.

Além de defender, os zagueiros também têm contribuído no ataque. Quase todos já marcaram gol na temporada, inclusive aqueles que ultimamente têm freqüentado o banco de reservas, como Édson e Vinícius. Os defensores marcaram 18 dos 47 gols do Figueira na Série A, liderados pelo capitão Chicão, artilheiro alvinegro na competição, com oito gols; sete deles marcados dentro do Scarpelli.

– A gente tem mais liberdade dentro de casa, joga um pouco mais em cima e tem mais oportunidade de gol – justifica o jogador, que é o cobrador oficial de pênaltis e faltas na entrada da área, e também fez gol de cabeça e com a bola rolando.

– Sempre procuro trabalhar muito, pênalti, cobrança de falta, bola parada. Trabalho mostra tudo – diz Chicão.

Asprilla, que chegou no meio do Brasileiro, é o único da zaga que ainda não balançou as redes. Por enquanto.

– Tenho a intenção, quero muito fazer um gol pelo Figueirense. Está na hora. Está nascendo, o momento é bom! Agora, se eu não fizer gol e o Figueirense continuar ganhando, está ótimo, é isso que importa – comenta Asprilla, que deve, mais uma vez, ser confirmado no trio defensivo alvinegro para o jogo contra o Santos.

Gallo fez mais um treino a portas fechadas, ontem, no Centro de Formação e Treinamento, em Palhoça, e só vai definir a escalação momentos antes da partida. O volante Diogo, que sentia dores musculares, foi liberado e treinou. Já o atacante Otacílio Neto, que já não enfrentou o Sport por causa de um estiramento na coxa, continua em tratamento intensivo e dificilmente jogará contra o Peixe.

LUCIANO SMANIOTO NETO/DIÁRIO CATARINENSE