O principal momento político do ano no Inter acontece hoje à noite. Pouco depois das 22h, o clube conhecerá 150 novos conselheiros, metade do Conselho Deliberativo. A eleição é disputada por cinco chapas: uma de situação, uma de oposição, duas independentes e uma dissidente da situação. O pleito tem início marcado para as 9h. A curiosidade desta edição é a votação em separado de 52 sócios que estão sendo investigados em uma sindicância realizada pelo clube.

A grande disputa promete ser entre as chapas de situação e de oposição. A atual direção concorre pela chapa 1, %26quot;Inclusão e Participação%26quot;, e conta com o apoio de seis das 12 facções políticas do clube. Por outro lado, a oposição concorre pela chapa 4, %26quot;Interação e Inter 2000%26quot;, unindo os dois movimentos contrários à atual gestão.

Também estão na briga por vagas no Conselho Deliberativo outras três chapas, das quais duas independentes. O Inter Colorado, chapa 2, foi formado ao final do jogo entre Inter e Fluminense, dia 13 de outubro. Naquele momento, o filho do empresário André Marques da Silva, Tomaz, de 13 anos, frustrado com o resultado de 2 a 2, olhou para o pai e afirmou:

- Pai, só torcer não adianta.

Silva uniu-se a outros empresários e então fundou o movimento.

A outra facção que concorre independente é o movimento Inter Sempre, chapa 3, que tem entre seus principais líderes o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Emídio Perondi. A chapa restante, número 5, é a Força Rubra, uma dissidência da atual situação.

Uma polêmica cerca a eleição deste ano. Uma sindicância foi aberta pelo clube para investigar a situação de 240 sócios, que estariam com problemas na matrícula. Como não houve um parecer oficial da direção até o momento, a Comissão Eleitoral estabeleceu que 52 associados - o número diminuiu com o andamento da sindicância - votarão em urnas separadas, para o caso de se, os votos serem invalidados posteriormente, não haver a impugnação do pleito. O presidente do Conselho, Luiz Carlos Carvalho Leite, está confiante no sucesso da eleição.

- Vai ser tudo tranqüilo, estamos muito bem preparados - garante.

No final de 2003, haverá a eleição presidencial. Em um primeiro turno, os conselheiros elegerão dois nomes a serem submetidos em um segundo turno pela escolha direta dos associados do clube. Destes dois nomes, sairá o presidente para o período 2004/2005.