| 25/10/2007 05h34min
Em menos de 24 horas, a candidata favorita nas eleições presidenciais de domingo na Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, passou do silêncio à verborragia, com uma sucessão de entrevistas à imprensa. A primeira-dama, que praticamente não tinha conversado com os jornalistas de seu país desde o começo da campanha, falou com duas rádios nesta quarta-feira.
À noite, deu uma extensa entrevista a um canal de televisão de Buenos Aires. Ao longo das entrevistas, ela discutiu mais temas econômicos que políticos, elogiou a gestão de seu marido, o presidente Néstor Kirchner, e disse que se eleita tentará aprofundar e articular o modelo de crescimento com acumulação.
Também se definiu como uma "amante do rigor", garantiu que não prometeu o paraíso a ninguém e chamou de sensíveis os jornalistas que criticam o governo pela relação distante com a imprensa.
— Talvez estejamos todos um pouco sensíveis — reconheceu, depois de negar terminantemente num programa de
TV do canal Todo Noticias que ela e
seu marido queiram brigar ou tenham broncas com os meios de comunicação.
A entrevista para a televisão durou mais de uma hora e foi gravada na casa presidencial de Olivos, nos arredores de Buenos Aires. Cristina apareceu vestida com um elegante traje branco.
Antes, a candidata governista, que segundo as enquetes vencerá no domingo com 39% a 49 % dos votos, conversou com algumas. Apesar de confiante na vitória, ela ressaltou que é importante esperar e contar os votos de cada um.
Cristina negou que as altas salariais provoquem inflação. Para ela, as disputas de interesses são naturais, sobretudo em períodos de crescimento como o atual da Argentina.
Cristina critica a imprensa argentina por "muitas vezes não ter rigor jornalístico e objetividade".
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