A média de público da 32ª rodada do Brasileirão, no último final de semana, superou números de alguns dos principais campeonatos europeus. Enquanto 30.204 torcedores assistiam aos jogos aqui, 20.541 freqüentaram os estádios na Itália e 23.572 na Espanha. Na quinta edição disputada com pontos corridos — que consagra campeão o time com melhor pontuação após turno e returno — a presença de espectadores é a maior desde a mudança de fórmula. Enquanto isso, no Beira-Rio e no Olímpico, a média caiu.

Torcida no estádio é um dos itens que alimentam a rivalidade Gre-Nal. Em 2003 e 2004, o Inter levou vantagem. Na primeira edição com a nova fórmula, ambos superaram a média do campeonato. Já no ano seguinte, de pior desempenho dentro de campo, a queda da participação de colorados e gremistas foi considerável. Assim como a de torcedores do Brasil inteiro.

A partir de 2005, o Grêmio passou à frente. A sofrida conquista da Série B mobilizou a torcida, que superou em quase 20 mil a média do campeonato. Mas o ano de glória para as arquibancadas do Beira-Rio e do Olímpico foi 2006. Com a conquista da Libertadores e o vice-campeonato Brasileiro, 22.084 colorados garantiram ao Inter a terceira colocação no ranking de público da CBF. Já a volta da segunda divisão, a terceiro lugar no nacional e a vaga na Libertadores 2007 mobilizaram 25.630 mil gremistas. Com isso, o clube teve a melhor média do campeonato do ano passado.

O Inter demorou a engrenar em 2007. E a torcida também. A seis rodadas do fim, tem média de 17.791. Já o Grêmio, vice-campeão de Libertadores e vencedor dos dois Gre-Nais, soma 20.300. Números que são menores em relação a 2006.

Para 2009, o Clube dos 13 estuda nova mudança na fórmula. A entidade propõe uma análise sobre os cinco anos do vigor de pontos corridos. A discussão divide os membros: alguns acreditam que o mata-mata pode aumentar o interesse e a média de público.