| 26/10/2007 06h57min
A volta anunciada de Eduardo Costa, decisão importante no Grêmio para restabelecer a constância e a qualidade do meio-campo a partir dele, tem seus riscos como toda volta de lesão muscular. Mas no caso de Eduardo Costa, jogador avantajado fisicamente, pesado e forte. É preciso acrescentar essa condição física como mais uma espécie de dificuldade.
Já escrevi sobre os magros e fiz o melhor elogio a cada um deles e, no caso, em particular, a Nilmar, que aliás ainda está voltando, em que pese a magreza. Eduardo sente a parada, não sente a lesão. É um testemunho dos mais fortes e grandalhões. A vantagem dele é que teve de parar interrompendo um limiar técnico e físico invejável; recuperar essa memória do jogo e do corpo vai favorecê-lo na volta anunciada. E ainda deve se valer da rotina do lugar, isso é, do lento e efetivo aprendizado sobre atalhos, esperas e omissões táticas que sempre podem ajudar nessas travessias.
Veja-se uma comparação com muitos elementos de
semelhança: Marcão, o zagueiro
do Inter, voltou depois de longa inatividade em jogos, por força da punição do STJD, e foi exuberante na volta. Não estava machucado, esse é um ponto, mas tem a mesma compleição física de Eduardo Costa e teria de, por esse recurso da fisioterapia, de acusar algum sofrimento, o que nem por suspeita se pôde verificar. O fato é que não existe um jogador igual a outro (e ainda bem, já imaginaram o aborrecimento?), apenas essas variáveis semelhanças.
Romário
Romário foi bem como técnico do Vasco no lugar de Celso Roth. O time foi agressivo e relativamente rápido, mas fez apenas um gol, os outros soube desperdiçar como parece ser uma característica do futebol brasileiro em geral, incluindo-se o São Paulo, que até perdeu de tão pouco que fez. Não é culpa de Romário e nem poderia ser. Ele se comportou bem no banco, de abrigo, gestos de aflição, instruções aos gritos. E quando decidiu se escalar foi fazê-lo já na metade quase do segundo tempo,
entrou no lugar de um atacante abatido
pelos fatos, Alan Kardec, e se quase nada conseguiu acrescentar também não se cobre dele: entrar no jogo era no mínimo a expectativa que a torcida fazia no Maracanã depois de toda aquela chuva.
Domingo, o Vasco joga contra o Palmeiras. A amável repercussão de sua estréia talvez ainda cogite dele para esse jogo. Depois, viaja para Zurique, vai participar como autoridade brasileira do Congresso da Fifa que deve homologar o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014. É uma situação especial e Romário está no centro, agora de mocassim.
Feira
É verdade, sim, essa minha antiga relação amorosa com a Feira do Livro é muito sem justificativas ou apelos, passa pela condição de ex-Patrono, mas se me lembro bem considerei o título como um discreto, mas amável reconhecimento a um contumaz habitante da Praça da Alfândega naqueles dias porque, bem antes dessa comenda, sempre estive no palanque oficial, revirando os caixotes dos saldos
e dos livros usados, na fila dos autógrafos, nos
barzinhos, no Bistrô do Margs. Habituê é isso mesmo, e tudo recomeça esta tarde.
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