A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou nesta terça, dia 10, o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado em novembro. A taxa atingiu no mês os 5,84%, o maior patamar do Plano Real. Em outubro, o indicador não havia superado os 4,21%. A alta no ano soma 23,09% e, em 12 meses, 23,31%.

O Índice de Preços por Atacado (IPA), que reflete mais diretamente a valorização do dólar, subiu 7,45% no mês passado, em relação à alta de 6,02% em outubro. O IPA responde por 60% da composição do IGP-DI.  Comparado a uma alta de 1,14% em outubro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 3,14% em novembro. De acordo com a FGV, o núcleo da inflação desse indicador atingiu 1,46%, ante uma elevação de 0,97% em outubro, a maior alta da série histórica iniciada em janeiro de 1999.

Registrando o segundo maior índice da história do real, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) marcou alta de 2,45%. O índice do mês passado é superado apenas pelo valor observado em maio, de 2,53%. Em outubro, a alta foi de 1,13%.

No lançamento do Plano real, em julho de 1994, a FGV calculou a inflação de duas formas. De uma, foi considerada a variação dos preços em cruzeiros reais, a moeda até então vigente. Por esse cálculo, a inflação medida pelo IGP-DI alcançou os 24,71% naquele mês. A fundação calculou, também, a variação dos preços em reais. Com tal metodologia, o índice ficou em 5,47%.

As informações são da agência Reuters.