| 29/10/2007 02h09min
A senadora e primeira-dama Cristina Kirchner disse que venceu "amplamente" as eleições presidenciais da Argentina e convocou toda a sociedade, em especial as mulheres, a aprofundar as mudanças obtidas no país pelo governo de seu marido, Néstor Kirchner.
Acompanhada pelo chefe de Estado e por Julio Cobos, vice na sua chapa, Cristina falou diante de centenas de mulheres que a aclamaram em um hotel de Buenos Aires:
— Tenho uma dupla responsabilidade, como presidente e como mulher.
Cristina será segunda mulher a assumir a Presidência da Argentina, após María Estela Martínez de Perón, que em 1974 era primeira-dama e vice-presidente e chegou ao poder após a morte de seu marido, Juan Domingo Perón.
— Convoco minhas irmãs de gênero, donas de casa, mulheres empresárias e profissionais, operárias das fábricas, estudantes das universidades. Sei que podemos desenvolver uma grande tarefa por nossas aptidões especiais, por termos
sido cidadãs do privado e do público, por termos
articulado o mundo da família e da militância e por termos feito bem as duas coisas – disse ela em seu discurso.
Após declarar que recebeu a maior honra que pode ser conferida a um cidadão, defendeu o desenvolvimento plural impulsionado por Néstor Kirchner em 2005 por considerá-lo "um espaço construído superando as velhas contradições, experiências de frustração e de autodestruição. A recém eleita também destacou a gestão do presidente, a qual se referiu como: "com seus acertos e erros". Para ela Néstor é um homem "comprometido com seu país e com seu povo".
A primeira-dama, de 54 anos, insistiu na necessidade de aprofundar as mudanças que aconteceram no país nos últimos quatro anos e meio. Ao término de seu discurso, Cristina foi saudada ao pé do palco pela ex-candidata socialista à Presidência da França Ségolène Royal.
Com 11,94% dos votos apurados, a primeira-dama obteve 42,56% dos votos, seguida pelo ex-ministro da Economia Roberto Lavagna,
com 20,66%, e o dirigente de
centro-esquerda Elisa Carrió, com 19,06%. Até o momento, apenas Jorge Sobisch, da União Popular, reconheceu a vitória de Cristina.
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