| 29/10/2007 06h39min
Um caipira, no interior de Sorocaba, poderia diagnosticar:
— O Inter é o time da fartura: farta treinador, farta atacante, farta pegada, farta quase tudo.
E estaria certíssimo. O que é que o Inter tem e mostrou em Curitiba, contra o Paraná? A defesa não é fraca, mas se a bola não pára na frente, o meio-campo é um ajuntamento de burocratas, e o ataque é formado por fujões de área, o que é que sobra? Falar sobre jogadas padronizadas é de provocar risos. Tudo isto é tão comum como cobra de suspensórios. Não pode vencer um time que tem um atacante como Gil, que não entra na área, faz de conta que está lutando na zona morta do campo e chuta a gol quando não existe nenhuma outra alternativa. Pode fazer gols uma equipe cujo segundo atacante, Fernandão, se posiciona da intermediária ofensiva para trás e fica dando toquinhos com a sonolência de uma vovó depois do almoço? É possível a um time vencer sem chutar contra o gol adversário? Que me desculpem os colorados, mas, neste
momento, o Inter é um
ex-time, e a sua maior grandeza futebolística, hoje, está nos discursos. Nada mais. Não falo sobre as substituições porque o torcedor colorado merece respeito. Pelo menos por parte de quem comenta futebol.
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