| 31/10/2007 16h49min
Ao participar da edição especial desta quarta-feira do programa de rádio Café com o Presidente, Romário disse que a Copa do Mundo de 2014 será a oportunidade para o brasileiro mostrar que não é um povo violento. Segundo ele, o Brasil precisava de um evento como esse para mostrar que seu povo não é violento, nem mal educado.
— Pelo contrário. O povo brasileiro é um povo pacífico, carinhoso, um povo calmo. E a gente tem essa oportunidade de, daqui para 2014, mostrar isso para o mundo — disse o jogador, ao ser questionado pela apresentador do programa sobre a participação de jovens de comunidades pobres como voluntários no mundial.
Ontem, depois de anunciar que o Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014, o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, irritou-se com pergunta de uma jornalista canadense da agência de notícias norte-americana Associated Press sobre ações que seriam tomadas para conter a violência durante a competição.
Blatter subiu ao palco — onde
o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, concedia entrevista à imprensa — para reclamar da atitude da jornalista. Ele lembrou que, quando a Fifa anunciou que a Copa do Mundo de 2010 seria realizada na África do Sul, a primeira pergunta que surgiu foi sobre a criminalidade naquele país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, no programa de rádio, sobre as reclamações do colega boliviano, Evo Morales, de que seu país não consegue sediar jogos internacionais por conta da altitude. Segundo o presidente, é preciso respeitar as características de cada nação.
— Primeiro eu acho que a Bolívia tem o direito de ter jogos em La Paz, ou seja, é a capital do país, não temos como prescindir. A não ser que se prove que, do ponto de vista da saúde, não pode. Eu acho que cada país tem suas características, e é importante a gente respeitar essas características.
O técnico da Seleção, Dunga, também participou do programa.
Lula aproveitou para entrevistar o
treinador e perguntou se ele segue exemplo de outro técnico na hora de comandar o time.
Dunga respondeu que aproveita os pontos positivos dos profissionais com quem já trabalhou, mas ressalvou que tem jeito próprio de treinar a Seleção.
— Eu tentei buscar justamente em cada treinador uma forma de trabalhar, os pontos positivos, os pontos negativos. Eu sempre gostei da disciplina, mas não a disciplina que todo mundo acha que tem que ser, uma coisa militar, não. Disciplina de quem sabe jogar futebol. Tem que entrar em campo e jogar o melhor do seu futebol — finalizou.
Romário: "O povo brasileiro é um povo pacífico, carinhoso, um povo calmo. E a gente tem essa oportunidade de, daqui para 2014, mostrar isso para o mundo"
Foto:
Stefen Schmidt
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EFE
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