Tcheco será julgado nesta sexta no STJD pelas ofensas ao árbitro Wagner Tardelli na partida contra o Atlético-PR, pode pegar de dois a seis jogos de suspensão e não atuar mais pelo Grêmio em 2007. A falta de tranqüilidade já tirou a braçadeira de capitão do meia, enquanto suas atuações em campo têm sido instáveis. Diante dos problemas, o jogador disse nesta terça que não descarta a possibilidade de deixar o Estádio Olímpico ao final da temporada.

– Às vezes é até um ciclo que a gente percorre. É um ciclo até de preservação perante a imprensa e os torcedores. Por tudo que passei aqui, foram dois anos felizes, dois títulos, chegamos a uma final de Libertadores. Agora espero ainda classificar o Grêmio. Por um lado passa isso pela cabeça, mas vamos decidir só no final – declarou.

O jogador salientou também que é muito cobrado pela imprensa e torcedores. Entretanto, o atleta reconhece que às vezes perde a cabeça em campo:

– A cobrança em cima de mim é um pouco demasiada, por parte da imprensa, por parte dos torcedores. Chega a ser tão grande que muitas vezes a equipe perde sem eu estar jogando e eu sou o culpado porque eu fui expulso, porque tive o terceiro cartão amarelo, estava machucado. Mas eu vejo de um lado positivo, a importância que eu represento para o Grêmio. Essa importância é realmente quando estou equilibrado, quando estou calmo. E às vezes acaba explodindo uma hora ou outra – reconheceu.

Ao ser questionado sobre as críticas de Mano Menezes à postura dele após a partida contra o Atlético-PR, Tcheco disse que não deseja estender o assunto. Ele destacou que o treinador teve razão em chamar a sua atenção e aproveitou para pedir desculpas à torcida:

– No momento acabei extrapolando e fui expulso. Por isso já foi chamada a minha atenção. Agora é a oportunidade de pedir desculpas ao torcedor gremista. Já pedi desculpas aos jogadores. É o que me resta nesse momento, ser um pouquinho homem e pedir desculpas aos torcedores do Grêmio – reiterou.

O meia teria propostas do futebol árabe, onde ele já atuou. Antes de acertar com o Grêmio, Tcheco defendia o Al Ittihad, da Arábia Saudita.