| 08/11/2007 21h46min
A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, confirmou nesta quinta-feira que a estatal promoverá um aumento real entre 15% e 25% sobre o preço do gás natural de produção nacional. O aumento, segundo ela, será diluído entre os setores. A diretora também afirmou que a Petrobras negociará com cada uma das distribuidoras o aumento do preço.
Mais do que uma medida para desestimular o consumo, o aumento é necessário para garantir os investimentos da Petrobras para aumentar suas reservas de gás, segundo ela. Graça comentou que os aumentos serão negociados individualmente com as empresas e poderão ser parcelados em "18, 24 meses", dependendo do resultado de cada negociação.
— Os custos são imensos na exploração e achamos como mais do que devido um aumento real sobre o preço nesta hora, decorrente da necessidade que temos de continuarmos a buscar novas reservas e também para financiar nossa expansão de transporte e logística. É necessário que haja remuneração para
que os investimentos
aconteçam de forma continuada. Definitivamente, não existe crise do gás — disse ela.
Negociações com a Bolívia
A descoberta de petróleo leve e gás natural em Tupi, na bacia de Santos, não terá "nenhum" impacto nas negociações com a Bolívia em relação ao gás, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
— Com a Bolívia, a relação é de integração regional. É fundamental que o Brasil, como potência regional, importe gás da Bolívia. Apesar de preferirmos não depender deles, continuaremos importando gás — afirmou.
Os contratos com a Bolívia serão cumpridos, de acordo com Dilma. A ministra fez um relato histórico de uso e políticas do gás no Brasil desde 2000 e concluiu, afirmando categoricamente:
— O Brasil tem política de gás. Por isso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) não tratou disso hoje.
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