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Dez anos atrás, na noite de 13 de dezembro de 1992, o Inter levantou pela última vez uma taça de campeão nacional. Foi na vitória de 1 a 0 sobre o Fluminense, no Beira-Rio, conquistada aos 41 minutos do segundo tempo com um gol de pênalti do zagueiro Célio Silva. O colorado levava o título da Copa do Brasil e se habilitava para disputar a Copa Libertadores do ano seguinte.
De lá até hoje, o clube contabiliza apenas três títulos regionais (1994, 1997 e 2002) e por duas vezes esteve a um passo da segunda divisão (1999 e 2002) do Campeonato Brasileiro.
O lateral-direito Célio Lino, hoje com 32 anos, ainda se emociona ao falar do título. Há dois anos, ele lesionou o joelho esquerdo atuando pelo Paraná e largou a bola. Trabalha numa indústria de embalagens em sua terra natal, a pequena Américo de Campos, com cerca de oito mil habitantes e distante 500km da capital paulista.
Pela Rádio Gaúcha, acompanha o Inter. Antes do jogo contra o Paysandu, este ano, chegou a rezar para o time não ser rebaixado.
– Perdi o contato com o pessoal, mas ainda gosto demais do Inter. Só lamento o que fizeram com o clube nos últimos anos.
Célio Lino conta que, no início de 1993, os jogadores precisavam renovar contrato para a disputa da Libertadores. Até então, isso nunca havia sido problema. Porém, os jogadores se viram obrigados pela direção a, antes de renovar, conversar com um empresário. Então, segundo Célio Lino, um atleta ficou sabendo do salário do outro, acarretando em uma crise de ciúmes entre os colegas.
– Quem ganhava menos passou a fazer corpo mole. Isso gerou briga e desunião no elenco. Daí fomos um fracasso na Libertadores.
Do time titular campeão naquele ano, o único ainda em atividade é Élson, dispensado pelo Paysandu, que passa férias no Rio. Os reservas Caíco e Anderson atuam, respectivamente, na Ponte Preta e no Venezia, da segunda divisão italiana. Célio Silva, autor do gol, faz curso de técnico.
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