| 10/11/2007 15h14min
O rei Juan Carlos da Espanha perguntou hoje ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, "por que não se cala?", no plenário da 17ª Cúpula Ibero-americana de chefes de Estado e de Governo, diante das desqualificações feitas pelo líder venezuelano contra o ex-presidente do Governo espanhol José María Aznar.
Chávez, que nesta sexta-feira chamou Aznar de "fascista" nas sessões da cúpula, insistiu hoje nessas críticas, e afirmou que, em uma conversa particular, o espanhol usou o termo "esses se f." ao se referir aos países mais pobres do mundo.
Diante dessa intervenção, o presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, pediu a palavra para lembrar ao líder venezuelano que estava em uma mesa com governos democráticos que representam seus cidadãos em uma comunidade ibero-americana que tem como princípio essencial o respeito.
— Pode estar nos antípodas de uma posição ideológica, e não serei eu que estará perto das idéias de Aznar, mas foi eleito
pelos espanhóis e exijo esse
respeito — disse Zapatero, enquanto Chávez tentava interrompê-lo defendendo seu direito de opinar livremente.
Essa atitude de Chávez provocou a intervenção do rei da Espanha, sentado entre Zapatero e seu ministro de Exteriores, Miguel Ángel Moratinos. Zangado, o rei Juan Carlos apontou o dedo para Chávez e perguntou: "por que não se cala?".
A presidente do Chile e anfitriã da cúpula, Michelle Bachelet, teve que mediar para tentar evitar que a sessão se transformasse em uma troca de acusações, e cedeu novamente a palavra a Zapatero, que insistiu na necessidade de não cair na desqualificação, apesar de se discordar radicalmente das idéias ou comportamentos de outra pessoa.
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