| 10/11/2007 16h26min
A recente condição de potência petrolífera não levará o Brasil a abandonar seu programa de biocombustíveis, afirmou neste sábado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
— O Brasil não vai diminuir em nenhum milímetro a sua política de biocombustíveis — afirmou.
Na sua avaliação, é do interesse do País possuir a matriz energética mais diversificada possível.
Lula disse que o governo está elaborando um programa que define as áreas onde podem ser cultivadas as plantas a partir das quais serão produzidos o álcool e o biodiesel. Na Amazônia, informou ele, só será permitido o plantio do dendê, que é uma planta da região, para produzir óleo.
— Não haverá cana-de-açúcar, não haverá soja na Amazônia. Vamos aproveitar e preservar aquilo e fazer com que a riqueza da biodiversidade possa contribuir para que a gente possa ganhar dinheiro à custa da preservação da Amazônia com modelo de desenvolvimento adequado –
O
plantio de cana nas áreas degradadas por pastagem na Amazônia
colocou em lados opostos o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela quer proibir o plantio em toda a região amazônica e também no Pantanal.
Resta saber o que será feito com a cana plantada pela usina Álcool Verde, localizada no Acre, um projeto implantado com apoio do ex-governador Jorge Viana (PT). A usina deverá começar a produzir açúcar, cana e eletricidade com queima de bagaço a partir do ano que vem.
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