| 19/11/2007 12h01min
O meia Kaká, do Milan, negou que deseja abandonar o futebol italiano após os últimos incidentes violentos nos campos do país. Segundo Kaká, suas palavras não eram uma "crítica" à Itália.
— Nunca disse que queria deixar a Itália. Simplesmente disse que a espiral de violência pode afastar alguns jogadores importantes. Após o escândalo de fraude esportiva da temporada 2004-2005, alguns deixaram o país. Mas eu prolonguei meu contrato com o Milan até 2011. Não sou um ingrato — disse Kaká, em declarações ao diário italiano "Corriere della Sera".
Em entrevista realizada no Brasil, onde está concentrado com a Seleção, o meia se disse "surpreso" com a reação às declarações que realizou criticando a violência.
— Estou surpreso. Tacharam-me de ingrato, mas estou agradecido ao futebol italiano e ao Milan. Estou próximo de conquistar a Bola de Ouro, e devo dizer que é graças ao Milan e à Itália. Só quis dar um alarme, uma advertência (...) oferecer uma
contribuição para ajudar ao futebol no qual
jogo. É justo saber que toda essa violência pode pesar muito sobre a escolha daqueles que poderiam pensar em jogar no futebol italiano — afirmou.
Ronaldo faz graça com Bola de Ouro
Sobre a disputa pela Bola de Ouro 2007, que acontecerá no início de dezembro, prêmio para o qual é considerado o grande favorito, Kaká disse que agora começa a se sentir um pouco ansioso:
— Vejo que meu nome circula com mais força. Mas ninguém ainda entrou em contato comigo. Ronaldo brincou, dizendo que normalmente o ganhador é avisado um mês antes. Se ninguém te ligou ainda, significa que outro ganhou, me disse ele. Mas não acreditei na piada — contou.
O brasileiro disse considerar seus companheiros Pirlo e Maldini, do Milan, como os maiores rivais na disputa da Bola de Ouro, junto ao português Cristiano Ronaldo (Manchester United) e ao argentino Messi (Barcelona).
Sem planos de sair, mas
contrato não foi prolongado
Kaká negou as informações de que
já teria chegado a um acordo para a renovação de seu contrato com o Milan por mais uma temporada, até 30 de junho de 2012. Sobre os boatos que apontam uma hipotética transferência para o Real Madrid, no entanto, o jogador foi diplomático.
— Há dois anos, o Barcelona não pensava nem de longe em vender Ronaldinho. Agora, por outro lado, já não é intocável. Um dia, o Milan pode não estar contente comigo... Eu, no entanto, estou muito bem no clube — disse.
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