| 24/11/2007 20h42min
A Polícia colombiana deteve, em Bogotá, Wendy Yohana Ruiz Ortiz, rebelde das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), envolvida no seqüestro dos três americanos que são mantidos reféns pela guerrilha, informou hoje a imprensa local. Os seqüestrados fazem parte do grupo que a milícia pretende trocar por guerrilheiros presos.
A mulher foi detida em Kennedy, bairro do sudoeste de Bogotá. Ela morava com um parente numa casa, segundo o jornal "El Tiempo". A publicação diz que a detenção da insurgente foi possível devido a relatórios fornecidos por informantes, que advertiram a Polícia Nacional sobre o deslocamento dela à capital colombiana. Wendy era conhecida como "Marleni" ou "La Pastusa" (natural de Pasto, cidade colombiana) e pertencia à Coluna Móvel Teófilo Forero, grupo de elite das Farc que é comandado pelo rebelde chamado de "Oscar Montero" ou "El Paisa". De acordo com esta versão, a rebelde era uma "das pessoas mais próximas" do chefe guerrilheiro,
cujo reduto
realizou a operação de abate da aeronave que transportava os americanos Keith Stansell, Thomas Howes e Marc Gonsalves. Eles foram seqüestrados no dia 13 de fevereiro de 2003 na floresta da província de Caquetá (sul), à qual estavam sobrevoando em uma missão do chamado "Plano Colômbia".
No avião, do Departamento de Estado dos Estados Unidos, também viajavam o americano Jennis Thomas e o sargento colombiano Luis Alcides Cruz, que foram mortos pelos guerrilheiros. Os três estrangeiros estão na lista de 45 pessoas que as Farc querem trocar por 500 insurgentes presos, mediante a negociação de um acordo humanitário com o Governo do presidente Álvaro Uribe.
O jornal indica que Wendy era encarregada da segurança dos americanos. Ela é especialista em explosivos e, segundo o "El Tiempo", conseguiu viajar para Bogotá para fazer um tratamento médico no rosto, desfigurado pela explosão de uma bomba.
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