| 30/11/2007 05h56min
Se o destino do Corinthians estivesse apenas nas mãos dos jogadores do Inter, os paulistas nem precisariam enfrentar o Grêmio. Os acontecimentos do Pacaembu não saíram da memória, porém, o mais presente no Beira-Rio é o Goiás do ano passado.
A delegação viajaria para o Japão para disputar o Mundial de Clubes. Três dias antes, o time que jogaria no Japão enfrentou o Goiás pelo Brasileirão, no Beira-Rio, uma espécie de preparação ao torneio no Oriente. Mas os goianos, além de vencerem por 4 a 1, cometeram excessos, segundo os colorados.
— De repente pelo treinador ou pelos jogadores que o Goiás tinha... Eles entraram nos intimidando, falando que dariam porrada. Lesionaram o Rentería e, com uma pancada desleal, quase tiraram o Índio do Mundial. Isso aí também pesa bastante. Muitos jogadores que estavam aqui no ano passado pensarão nisso — garantiu Fernandão.
Nem todos admitem a revanche. Clemer e Iarley, por exemplo, adotam discurso político, se dizem
alheios à briga pelo rebaixamento.
Só pensam em terminar o Brasileirão com a quarta vitória seguida.
— Não estamos preocupados com ninguém não. Nosso pensasmento é chegar lá e ganhar o jogo — assegurou Clemer.
— É como se o Inter estivesse brigando para não cair. Quem acha que vamos com a intenção de empatar ou perder para beneficiar outro time, está enganado. Eu não gostaria de estar na pele do Goiás neste momento — prometeu Iarley.
Em relação ao Corinthians, as opiniões são divergentes. Ainda estão na lembrança o pênalti não marcado sobre Tinga no Pacaembu e as provocações do então vice de futebol corintiano, hoje presidente, Andrés Sanchez. Mas Nilmar, Magrão e Gil, que têm amigos entre os jogadores e funcionários do time do Parque São Jorge, ficam aflitos pelos ex-companheiros.
— Gostaria que ele (Corinthians) permanecesse (na Série A). Estarei na torcida para que vençam e não dependam de nós — disse Nilmar.
— Tenho amigos lá no Corinthians, como o Betão. Sei que ele não merece
estar passando por isso, mas infelizmente não joga sozinho numa equipe daquele porte. O Betão, o Carlão... Fico triste, mas não é culpa deles. O Corinthians se desorganizou, fez muita coisa errada, principalmente na parte diretiva, e agora está pagando por isso — finalizou Gil.
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