Um dia depois de assumir a liderança da Copa do Mundo de Vôlei, a seleção brasileira masculina tem na manhã deste sábado o maior desafio na competição. Em partida considerada a final antecipada do torneio, os comandados de Bernardinho enfrentam a Rússia, segunda colocada, e poderão assegurar a conquista de mais um título e da classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim.

Além da vitória, para ser campeão por antecipação o Brasil precisa torcer para Bulgária ou Estados Unidos perderem. As equipes enfrentarão, respectivamente, Japão e Argentina.

Brasil e Rússia aparecem empatados com 17 pontos, mas a equipe verde-amarela leva a melhor sobre os europeus na média de pontos, primeiro critério de desempate (1,286 a 1,283). Apesar da vantagem na tabela, Bernardinho quer a vitória sobre os adversários, invictos até a sexta, quando foram superados pela Bulgária.

– Não ficamos tão satisfeitos com a nossa performance na recepção contra a Argentina – criticou o treinador, apesar da vitória por 3 sets a 0. – Contra os russos, o confronto será totalmente diferente. Eles são muito experientes e precisamos jogar muito melhor. Será fundamental sacar e usar bem a nossa velocidade – completou.

O oposto André Nascimento, maior pontuador contra os argentinos, destacou os pontos fortes dos adversários. Para ele, o Brasil não pode se afobar.

– O vôlei da Rússia parece com o da Bulgária: trata-se de um time alto, que aposta no saque e no bloqueio. Será fundamental atuarmos com a mesma paciência no jogo contra os búlgaros – pediu o atleta, lembrando a vitória arrasadora sobre os europeus na segunda fase. – Todos os jogadores sacam bem – alertou o ponteiro Giba.

O ponteiro russo Semen Poltavskiy, no entanto, desprezou a qualidade coletiva da equipe. Para ele, a primeira derrota de sua equipe tem uma explicação simples:

– A Bulgária jogou como sempre e não nos surpreendeu. Não ganhamos porque eu não joguei bem – resumiu.

O técnico Vladimir Alekno, no entanto, não quis comentar o jogo com os búlgaros. Ele cobrou dos atletas russos a recuperação em nome da vaga olímpica.

– Não tenho muito o que dizer após sofrer uma derrota, mas temos duas partidas pela frente que vão decidir se a Rússia vai ou não para Pequim – resumiu.

De olho

Os comandados de Bernardinho deverão ficar de olho no confronto entre norte-americanos e argentinos, marcado para as 3h05min. No último jogo da rodada, às 8h30min, os búlgaros encaram os anfitriões do Japão.

Mais duas equipes dependem das derrotas de Estados Unidos e Bulgária para continuar sonhando com uma vaga para Pequim: Porto Rico e Espanha. Atualmente na quinta colocação, os caribenhos encaram a Austrália às 7h05min, enquanto os europeus pegam a lanterna Coréia do Sul.

O primeiro jogo da rodada, porém, não terá valor de classificação ou de título. No duelo africano do sábado, Egito e Tunísia se enfrentam na disputa pelo décimo lugar à 1h05min.