| 04/12/2007 09h40min
As denúncias do jornalista Jaime Bayly de uma festa com mulheres e álcool no hotel da seleção peruana de futebol antes do jogo contra o Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, em Lima, levaram, nesta segunda, ao anúncio de uma investigação que pode custar a cabeça de vários jogadores. O presidente da Comissão de Seleções da Federação Peruana de Futebol (FPF), Juvenal Silva, ordenou uma verificação sobre os supostos atos de indisciplina. A denúncia agravou a crise na equipe sul-americana.
– Vamos investigar para que, caso seja uma mentira, os jogadores estejam tranqüilos – declarou Silva.
O diretor disse que o técnico José del Solar também será interrogado. Ele deverá apresentar um relatório por escrito do que aconteceu depois da partida contra o Brasil.
Bayly afirmou em seu programa El Francoatirador, no domingo, que fontes "muito diretas e confiáveis" revelaram que jogadores levaram mulheres e bebidas à concentração, num luxuoso hotel de Lima, na semana do jogo contra o Brasil e antes da viagem ao Equador. O Peru empatou em 1 a 1 com o Brasil, em casa, e perdeu por 5 a 1 para o Equador em Quito.
O jornalista e escritor, que mora em Buenos Aires, disse que todas as semanas se hospeda no mesmo hotel onde esteve a equipe. E acrescentou que o treinador não permaneceu na concentração com os jogadores. Alguns, acusou, convidaram mulheres para o hotel, e dois deles, Claudio Pizarro e Paolo Guerrero, saíram à noite.
Guerrero, atacante do Hamburgo alemão, esteve envolvido nos últimos dias em outro escândalo. A jornalista Magaly Medina, especialista em notícias sensacionalistas, mostrou uma foto supostamente tirada durante a madrugada, depois do empate com o Brasil.
O atacante saiu de campo no fim do primeiro tempo, queixando-se de problemas estomacais, e não enfrentou o Equador, devido a uma aparente gastrite. Outro diretor da comissão de seleções, José Mallqui, disse à agência oficial Andina que pedirá provas a Bayly.
– Convidamos o programa a apresentar provas para poder iniciar as investigações. Se forem verdadeiras, vamos desconvocar definitivamente estes jogadores. Caso contrário não podemos atuar, porque seria uma irresponsabilidade de nossa parte – explicou.
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