O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) anunciou que o julgamento da ação da Federação Internacional de Natação (Fina) contra Rebeca Gusmão por causa de um exame antidoping positivo da nadadora, previsto para o próximo dia 13, na cidade suíça de Lausanne, foi adiado devido a “circunstâncias especiais”.

A Fina entrou com o processo para punir a atleta por um teste antidoping que acusou o uso de testosterona exógena (razões externas ao corpo) por parte de Rebeca durante a disputa do Troféu José Finkel 2006. A nova audiência foi manejada para o próximo mês de janeiro, ainda sem um dia específico.

Este foi o segundo adiamento no caso Rebeca Gusmão. No começo desta semana, a data da divulgação do resultado da contraprova do exame antindoping da atleta, previsto para esta segunda-feira, também foi alterada devido à uma reforma no laboratório canadense responsável pelas análises.

Rebeca é aguardada nesta sexta-feira à tarde para depor na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) a respeito da presença de dois DNAs em seus exames coletados durante os Jogos Pan-americanos. Nesta semana, porém, a Wada (Agência Internacional Antidoping) divulgou um relatório que comprova irregularidades no controle antidoping realizado durante o evento no Rio de Janeiro, como despreparo do pessoal, negligência na coleta de material e erro de procedimento no laboratório.

Com esta informação em mãos, a defesa de Rebeca poderia ter uma arma na luta pela vitória nos tribunais. No entanto, Bruno Tannuri, advogado da nadadora, disse que prefere não tirar conclusões precipitadas e limitou-se a dizer que o relatório endossa o que já foi usado para respaldar a defesa da atleta.

– Honestamente, a WADA já disse tudo, o que é de acordo com o que já dissemos. Não queremos incriminar ninguém nem lançar a idéia de teoria conspiratória. No entanto, é fácil catapultar alguém direto para a cadeia e acabar ferindo interesses e pessoas – comentou o advogado.